Seguro-desemprego nos EUA supera máximas de meados de novembro

Isso pode sugerir que as empresas estão demitindo funcionários como resultado da escalada mais recente de infecções por coronavírus

Por

Bloomberg — O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu inesperadamente pela segunda semana consecutiva para o maior em dois meses, sugerindo que o recente aumento nos casos de covid-19 pode estar sendo a causa de demissões.

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 230.000 na semana encerrada em 8 de janeiro, um aumento de 23.000 em relação ao período anterior, segundo dados do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (13). A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa 200.000 pedidos.

Os pedidos contínuos de benefícios estaduais caíram para 1,6 milhão na semana encerrada em 1º de janeiro.

O aumento nos pedidos de seguro-desemprego pode sugerir que as empresas estão demitindo funcionários como resultado da escalada mais recente de infecções por coronavírus. Dito isso, essa elevação deve durar pouco, já que a última onda de covid-19 tende a diminuir e os empregadores continuam pressionando para reter funcionários em meio a uma escassez contínua de mão de obra.

“O aumento no número de casos de covid está forçando o fechamento temporário de negócios, o que provavelmente levou alguns trabalhadores afetados a solicitar benefícios de desemprego”, disse a economista da Bloomberg, Eliza Winger, em nota antes da divulgação dos dados. “A maioria das empresas está aberta, embora operando com capacidade limitada.”

O salto também pode refletir dificuldades de ajuste para efeitos sazonais durante os feriados, o que dificultou a interpretação dos números de solicitações nas últimas semanas.

Em uma base não ajustada, os pedidos acumulados subiram para 419.446 na semana passada, o maior desde maio. Califórnia, Nova York e Texas são os estados com os maiores aumentos em solicitações não ajustadas.

– Esta notícia foi traduzida por Marcelle Castro, Localization Specialist da Bloomberg Línea.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também