China identifica primeiros casos de transmissão local por ômicron

País se esforça para manter sua abordagem de tolerância zero para covid em face de variantes mais transmissíveis

La vida en China durante la pandemia
Por Bloomberg News
09 de Janeiro, 2022 | 10:47 AM

Bloomberg — A China identificou os primeiros casos de ômicron na comunidade, iniciando uma blitz de testes em massa na cidade de Tianjin, no norte do país, enquanto o país se esforça para manter sua abordagem de tolerância zero para Covid em face de variantes mais transmissíveis.

Os dois casos na cidade portuária foram confirmados como ômicron pelo Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, depois que sua filial local concluiu o sequenciamento do genoma, informou a CCTV. As infecções eram da mesma cadeia de transmissão, mas as autoridades ainda não estabeleceram se a cepa é a mesma dos casos importados de omicron relatados anteriormente em Tianjin, de acordo com o relatório.

O compromisso da China com sua política Covid Zero fez com que o país restringisse os movimentos e implementasse testes em massa, além de outras medidas em cidades espalhadas por todo o país.

Surtos adicionais aumentam o risco de novas medidas de lockdown que poderiam interromper a produção e o transporte em uma economia que já luta contra o consumo fraco e a desvalorização do mercado imobiliário.

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Tianjin relatou os dois casos pela primeira vez na noite de sábado e nenhuma das pessoas - uma das quais é uma criança - viajou para fora da cidade nos últimos 14 dias. O governo anunciou que iniciará os testes em massa a partir das 7h de domingo, a fim de “prevenir efetivamente a propagação da variante omicron”, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

A China, que deve sediar as Olimpíadas de Inverno em Pequim no mês que vem, está determinada a manter a política de Covid Zero mesmo com a disseminação de casos e outros países adotando políticas de convivência com o vírus.

As crises recentes, embora pequenas em comparação com os casos internacionais, estão alimentando a extensão mais prolongada de infecções na China desde que o vírus apareceu pela primeira vez em Wuhan, há dois anos.

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O centro de tecnologia do sul de Shenzhen está desencorajando as pessoas a deixarem o local depois de relatar duas infecções. A metrópole oriental de Zhengzhou exigiu que todos os residentes fossem testados e Xi’an, no noroeste, confinou a maior parte de sua população de 13 milhões em suas casas desde antes do Natal. A Comissão Municipal de Transporte de Tianjin proibiu os serviços de ônibus interprovinciais a partir de domingo, de acordo com relatos da mídia local.

A China relatou 92 novos casos locais no sábado, o que se compara a 90 mil no estado de Nova York.

Embora os casos tenham continuado a surgir, até este fim de semana a China não tinha visto a transmissão local da variante omicron.

--Com a ajuda de Natalie Lung.

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