Cade aprova aquisição da Alux do Brasil pela CBA

Unidade de alumínio da Votorantim aguarda outras condições precedentes para concluir negócio de R$ 110 mi

CBA concluiu IPO na B3 no dia 15 de julho de 2021; ação atingiu hoje máxima de R$ 12,88, valor acima do preço fixado na oferta inicial (R$ 11,20)
07 de Janeiro, 2022 | 05:15 PM

São Paulo — A Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), unidade de alumínio da Votorantim, conseguiu a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), sem restrições, para a aquisição de 80% da Alux do Brasil. A CBA divulgou, nesta sexta-feira (7), que o processo no órgão antitruste foi concluído, ontem, ocorrendo o trânsito em julgado. Na B3, as ações da companhia estão em alta de 2,65%, cotadas a R$ 12,80 por volta das 16h30.

A transação no valor de R$ 110 milhões traz uma opção de compra dos 20% restantes a partir do terceiro ano após a conclusão da transação “A aprovação do Cade é parte do processo, que ainda depende do cumprimento de condições precedentes acordadas entre a CBA e os vendedores”, informou a companhia, em nota.

Veja mais: CBA aposta em expansão de olho em déficit global de alumínio

Até a conclusão do processo, as operações de ambas as empresas continuarão de forma independente, segundo o comunicado. O anúncio do interesse da transação foi feito pela CBA em 4 de novembro do ano passado.

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“A aquisição da Alux está alinhada à estratégia de longo prazo da CBA de ampliar a capacidade de alumínio reciclado e contribuirá com o compromisso de produzir alumínio com uma pegada de carbono cada vez menor, além de possibilitar a entrada da companhia no segmento de ligas secundárias”, citou a CBA.

Relatório do Bank of America, datado de 9 de novembro passado, comentou que a aquisição da Alux tinha potencial de sustentar a expansão da CBA no segmento de alumínio reciclado, adicionando uma capacidade instalada de 46 mil toneladas por ano. A Alux do Brasil é um dos principais fornecedores de alumínio secundário do país. Fundada em 2002, já produziu mais de 400 mil toneladas do metal ao longo dos anos, com forte atuação em grandes players do segmento automotivo.

Já a CBA, que abriu capital na B3 em julho do ano passado, produz alumínio de alta qualidade desde 1955, atuando desde a mineração de bauxita produzindo alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) até produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis), além de reciclagem. Na época do IPO (oferta inicial de ações), a CBA precificou seu papel a R$ 11,20. Hoje CBAV cravou uma cotação máxima de R$ 12.88.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.