Bloomberg — A Amazon afastou as especulações da mídia de que estaria suspendendo as vendas do e-reader Kindle na China, depois que alguns dos modelos de seus produtos exclusivos ficaram fora de estoque nas plataformas chinesas.
“Continuamos comprometidos com nossos clientes na China”, disse um porta-voz da empresa em um comunicado. “Os clientes podem continuar a comprar Kindles de varejistas online ou off-line e de terceiros.”
Os dispositivos Kindle Oasis e Kindle Paperwhite não estavam em estoque na JD.com na terça-feira, mas ainda estavam disponíveis em alguns fornecedores na loja de comércio eletrônico da Alibaba. A JD.com e a Alibaba não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Representantes de atendimento ao cliente em ambas as plataformas disseram não ter recebido nenhum aviso de mudanças na disponibilidade do Kindle na China.
O negócio de e-commerce da Amazon saiu do país em 2019, após uma luta de décadas para diminuir o domínio da Alibaba e de rivais locais como a JD no varejo online. Os gigantes da tecnologia dos EUA enfrentaram maiores pressões regulatórias operando na China, com o Yahoo como a última grande empresa de mídia social a se retirar no final do ano passado, citando um ambiente operacional mais desafiador. A Tencent Holdings é a distante líder em e-books no país.
No Weibo, serviço social semelhante ao Twitter da China, a hashtag associada à possível saída do Kindle da Amazon do mercado foi lida mais de 16 milhões de vezes na tarde de terça-feira. A Amazon enfrentou uma enxurrada de críticas no mês passado, depois que a Reuters relatou seus esforços para obter favores da China, incluindo a desativação de classificações online domésticas em um livro dos escritos e discursos do presidente chinês Xi Jinping.
Leia também
Investidores do Tesouro americano apostam em pico da inflação com ômicron
Mercados em alta com expectativa de que ômicron não é páreo para economia
