Cuba prevê inflação de 70% este ano por conta de reformas econômicas

Ministro também atribuiu aumento de preços às sanções econômicas dos EUA, que impediram a chegada de contêineres de mercadorias

Crise econômica aperta e leva a inflação recorde
Por Jim Wyss
22 de Dezembro, 2021 | 10:58 AM

Bloomberg — Cuba espera que a inflação termine 2021 em cerca de 70%, impulsionada por reformas econômicas dolorosas e aumento dos preços de importação, disse o ministro da Economia e do Planejamento, Alejandro Gil, à Assembleia Nacional na terça-feira.

Gil disse que o país havia previsto uma inflação de 60% neste ano, depois de implementar uma série de medidas econômicas em janeiro, incluindo o fim de um sistema monetário de duas camadas e o aumento dos preços dos principais produtos.

Mesmo assim, disse que controlar a inflação é um dos “principais desafios” de 2022.

Em outubro, uma autoridade do governo disse que as reformas econômicas levaram a aumentos de preços de até 6,900% no mercado informal. Na terça-feira, Gil chamou essa interpretação de “errada”, dizendo que foi usada como um exemplo de como o peso cubano poderia ter sido desvalorizado se a economia controlada pelo Estado tivesse sido “amarrada” à economia não estatal.

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Gil também atribuiu a inflação às sanções econômicas dos EUA, que, segundo ele, fizeram com que milhares de contêineres de mercadorias não entregues fossem detidos em portos internacionais.

Cuba experimentou surtos incomuns de protestos públicos no início deste ano, em parte alimentados por dificuldades econômicas. Diante da queda do turismo em meio à pandemia, a economia contraiu 11% em 2020.

Gil reiterou que a economia crescerá 4% em 2022 após expansão de 2% neste ano.

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