Argentina limita exportação de cereais para conter inflação

País é o terceiro maior exportador de milho do mundo e um dos principais fornecedores de trigo

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Bloomberg — A Argentina está colocando um limite nas exportações de milho e trigo em uma nova tentativa do governo de esquerda de conter a inflação de alimentos no país.

O governo decidirá primeiro a quantidade de grãos necessária à Argentina e, depois, limitará o volume para que os exportadores registrem embarques que prejudiquem o abastecimento doméstico, de acordo com uma resolução publicada em seu site nesta sexta-feira.

A nação sul-americana é a terceira maior exportadora de milho do mundo e uma das principais fornecedoras de trigo. Qualquer mudança nas exportações pode ter implicações mais amplas para os mercados agrícolas globais, enquanto problemas na cadeia de abastecimento afetam os transportes e os preços dos alimentos disparam em todo o mundo.

A Argentina terá capacidade para exportar 12,5 milhões de toneladas de trigo e 41,6 milhões de toneladas de milho, disse o ministro da Agricultura, Julian Dominguez, em nota, sem especificar a época da colheita.

Os agricultores colheram dois terços da safra de trigo de 2021 e 2022 e estão plantando a safra de milho de 2021-22, que começam a colher em março.

Por sua vez, o governo vem tentando controlar a inflação dos alimentos, que bateu em 51%. Antes da mudança de sexta-feira, a Argentina impediu os produtores de registrar as exportações de milho e trigo por várias semanas. Embora as intervenções nos mercados de grãos e carne bovina funcionem no curto prazo, a história da Argentina mostra que, em um período mais longo, tais controles tendem a desestimular a produção e causar escassez de oferta e preços mais altos.

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