Bloomberg — O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que não tem planos de comparecer pessoalmente às Olimpíadas de Pequim, contudo seu governo não se comprometeu publicamente a aderir ao boicote diplomático aos jogos liderado pelos Estados Unidos.
Kishida disse a um comitê parlamentar na quinta-feira (16), em resposta a uma pergunta de um legislador da oposição, que o Japão tomaria uma decisão sobre sua representação oficial no momento adequado e com base em seus interesses nacionais. A escolha foi especialmente difícil para Tóquio, que depende de seu único aliado militar – os EUA – para sua segurança e de seu principal parceiro comercial, a China.
O boicote diplomático anunciado pelo governo Biden na semana passada criou uma rusga entre os EUA e alguns de seus aliados, e Pequim alertou que os participantes do movimento “pagariam caro por suas decisões erradas”.
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Austrália, Canadá e Reino Unido estão se juntando ao protesto contra supostos abusos de direitos humanos por parte da China. Todos os países participantes do boicote diplomático permitirão que seus atletas participem.
O governo de Kishida analisou enviar uma delegação de baixo escalão, talvez incluindo Seiko Hashimoto, legislador do partido no poder que foi presidente do comitê organizador das Olimpíadas de Tóquio, informou a agência de notícias Kyodo News na quinta-feira.
França e Coreia do Sul não seguirão o governo Biden no boicote. A França vai sediar as Olimpíadas de 2024 em Paris, e o presidente Emmanuel Macron disse à BBC na semana passada que medidas como um boicote diplomático seriam meramente simbólicas.
O presidente Moon Jae-in disse esta semana que a Coréia do Sul não se juntará aos EUA e citou a necessidade da ajuda da China na desnuclearização da Península Coreana. A China desempenha um papel crucial como o maior parceiro comercial de Seul e o principal benfeitor de Pyongyang.
A China recebeu positivamente a decisão de Moon em nome da parceria entre os países.
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