Cripto é investimento “óbvio” na América Latina para SoftBank

Diretor-gerente do conglomerado japonês disse que aproximadamente 10% de um dos fundos de US$ 5 bilhões administrados pela companhia estão em ativos cripto

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Bloomberg — Está “óbvio” que os ativos cripto formam o espaço mais atraente para investimentos na América Latina, garante Paulo Passoni, do SoftBank.

O diretor-gerente do Latin America Fund do conglomerado japonês de tecnologia conta que aproximadamente 10% de um dos fundos de US$ 5 bilhões administrados pela companhia estão em ativos cripto. Ele afirma que apoia essa estratégia mesmo se alguns tokens estiverem supervalorizados.

“Claro que há algum excesso, claro que nem todos os tokens valem o que o mercado está dizendo”, afirmou ele em um webcast organizado pelo Eurasia Group na quarta-feira. Mas “eu acredito que é a coisa mais relevante acontecendo no mundo agora”.

Os comentários destacam a ênfase recente do SoftBank em criptomoedas, neste momento de aumento das apostas na América Latina. Em setembro, o conglomerado anunciou que investiu em 15 das 25 companhias latino-americanas da categoria unicórnio (ou seja, startups com valor de mercado igual ou superior a US$ 1 bilhão), incluindo a colombiana Rappi e a brasileira Gympass. Outra que tem a retaguarda da gigante japonesa é a 2TM Participações, proprietária da maior corretora de criptomoedas do Brasil, que no mês passado captou US$ 50 milhões.

“Há um velho ditado sobre investimento — ‘siga o talento’ — e as pessoas mais talentosas do mundo estão indo para projetos com cripto”, acrescentou. “Eu diria que estamos administrando uma escola de cripto para nosso pessoal aqui, porque sentimos grande discrepância de conhecimento, mesmo dentro da nossa equipe.”

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