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Criptomoedas entram na educação de crianças e adolescentes

Com o mercado cripto avançando como investimento do futuro já não é mais possível deixar o investidor de amanhã sem conhecer o assunto

Da simples matemática ao mundo das criptomoedas, crianças são apresentadas aos investimentos financeiros
Tempo de leitura: 3 minutos

Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo - A educação financeira se tornou um tema, nos últimos anos, indispensável nas escolas do mundo. Educadores e pedagogos perceberam que crianças e adolescentes precisam entender melhor o conceito de dinheiro, como administrá-lo e, acima de tudo, a valorizar tudo que se ganha ou se gasta.

Agora, com o crescimento da educação financeira nas escolas, outro assunto começa a ganhar força até mesmo entre os pequenos: investimentos em criptomoedas. Ainda que seja um tema novo e considerado complexo por muitos, as ideias por trás de Bitcoin, Ethereum, criptomoedas e blockchain começam a aparecer nas lousas.

No Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, o tema já foi incluído nas aulas do professor de matemática William Febronio de Mattos. Na escola localizada no bairro de Higienópolis, a educação financeira entrou como matéria que atravessa as várias disciplinas. O objetivo é dar a base para os alunos. E as criptomoedas estão presentes.

“Primeiro ensinamos que você precisa gastar menos do que você ganha. Depois, mostramos que, com o que sobra, você pode fazer investimentos. Ensinamos o que é a renda fixa, a poupança, ações, renda variável e por aí vai”, comenta o professor. “Depois, lá no final, chegamos nas criptomoedas, que é um tema mais complexo para adolescentes”.

Na aula do Mackenzie há os fundamentos básicos sobre as criptomoedas e explicação de como o investimento funciona quando comparado a outras alternativas do mercado.

Febronio de Mattos diz que é importante levar o tema até esse público para que desde cedo ganhe autonomia e independência. “O que é bom para mim pode não ser bom para você. E vice-versa”, comenta. “Além disso, quanto antes entenderem as várias possibilidades de investimento, melhor será o resultado lá na frente”.

A baiana Marília Reis é empreendedora e analista financeira e, em 2020, fundou a Zup, uma startup focada em educação financeira. O primeiro projeto da empresa é, justamente, focado na educação financeira de crianças e adolescentes: é o Zupbank, aplicativo que ajuda os pequenos a entender sobre as relações do dinheiro com o consumo e os investimentos.

Lá no final dessa trilha que crianças e adolescentes percorrem virtualmente, o aplicativo desenvolvido por Marília segue o mesmo caminho das aulas de Mattos. Fala sobre as mais variadas formas de se investir, entrando também na questão das criptomoedas. “Elas devem ser inseridas na educação financeira infanto-juvenil”, diz. “É preciso lembrar da questão ética. Devemos explicar sobre história, riscos, perspectivas para o futuro, sempre com foco no aprendizado. Assim, é necessário levar isso tudo de forma muito leve, já que é um tema inevitável”, diz.

Ao redor do mundo

Em Nova York, o prefeito eleito Eric Adams disse que as escolas devem ensinar sobre a tecnologia do Bitcoin. A ideia, segundo ele, é formar uma geração acostumada com a economia do futuro e trazer temas que vão além de dinheiro quando se fala em criptomoedas, uma vez que cultura digital e investimento também surgem ao falar sobre o tópico.

“Isso é desafiador até para especialistas”, disse. “[O Bitcoin] é uma criptomoeda, uma nova forma de pagamento por bens e serviços pelo mundo inteiro. E é isso que nós devemos fazer, abrir nossas escolas para ensinar sobre a tecnologia e esta nova maneira de pensar.”

Já na França, o Ministério da Educação anunciou, em 2019, que aos poucos começaria a colocar o Bitcoin no currículo escolar do Ensino Médio no País. A ideia é dar uma visão geral sobre a moeda sem entrar em pormenores, ajudando alunos a entender a noção de descentralização no contexto dos principais sistemas financeiros, e, claro, de olho no futuro.

“Quando falamos em educação financeira, seja o tema que for, falamos sobre dar exemplo e sobre experimentação”, diz Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da Fundação Getúlio Vargas. “Temos de falar, obrigatoriamente, sobre o que é o dinheiro, da forma que for, assim como mostrar os ganhos de quando investimos e guardamos”.

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