Bloomberg — O regulador de valores mobiliários de Israel está fazendo um apelo para que as empresas locais nomeiem mais mulheres para seus conselhos. O alerta evita introduzir uma regulamentação que obrigue esse movimento.
A Autoridade de Valores de Israel quer que as mulheres respondam por 35% dos cargos do conselho de pelo menos metade de todas as empresas, que fazem parte dos portfólios de fundos que administram mais de 5 milhões de shekels (US$ 1,5 milhão) até 2028, de acordo com um comunicado. Atualmente, apenas 16% das empresas declarantes atendem a esse padrão.
“Esta é uma situação inaceitável que está longe de onde deveriam estar as mulheres e as corporações do mercado de capitais”, disse Anat Guetta, presidente da autoridade. “É necessária uma mudança significativa.”
Conselhos em todo o mundo estão sob crescente pressão para aumentar a diversidade, em gênero e raça. A Nasdaq Inc. obteve em agosto a aprovação regulatória para exigir que mais de 3.000 empresas membros relatem diversidade e atendam a um padrão mínimo ou expliquem por que não o fazem. A Califórnia também exige que as empresas sediadas no estado atendam aos requisitos mínimos de gênero e outros requisitos de diversidade.
Para atingir seu objetivo, a Autoridade de Valores de Israel está estabelecendo um fórum que incluirá, de forma voluntária, representantes de empresas que já atendem ao padrão de 35% e pode ajudar a liderar os esforços. Também poderão participar do fórum empresas interessadas em aumentar a representação feminina.
Guetta defende um programa voluntário, em vez de regulamentação, que ela diz que deve ser apenas o último recurso, devido aos seus potenciais efeitos negativos.
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