Petróleo sai da máxima dos últimos sete anos com aumento dos estoques nos EUA

American Petroleum Institute informou ontem que os estoques de petróleo bruto subiram em 3,29 milhões de barris na semana passada

Futuros em Londres caíam para menos de US$ 85 o barril perto das 8h, horário de Brasília
Por Elizabeth Low e Alex Longley
20 de Outubro, 2021 | 08:14 AM

Bloomberg — Os preços do petróleo WTI caíram do nível mais alto em sete anos após o relatório de estoques dos EUA mostrar um aumento do petróleo bruto no país, além de medidas anunciadas pela China para estabilizar o fornecimento de energia para o inverno.

Os futuros em Londres caíam para menos de US$ 85 o barril perto das 8h, horário de Brasília, em meio a uma queda mais ampla nas matérias-primas, incluindo alumínio e cobre.

A China está estudando maneiras de intervir no mercado de carvão para garantir preços razoáveis, enquanto o órgão fiscalizador de energia do país organizou uma reunião na terça-feira (19) com refinadores depois que os preços do petróleo dispararam.

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O American Petroleum Institute informou ontem que os estoques de petróleo bruto aumentaram em 3,29 milhões de barris na semana passada, embora o grupo da indústria tenha relatado outro grande declínio no principal centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma. A queda dos estoques fizeram com que a estrutura do mercado de futuros do petróleo dos EUA subisse rapidamente, com o spread muito aguardado entre os dois contratos de dezembro mais próximos chegando a US$ 10 o barril nesta semana, o mais alto desde 2013.

O petróleo começou a subir quando a crise de energia - causada pela escassez de carvão e gás natural - coincidiu com a recuperação da demanda das economias após a pandemia. Wall Street tem aumentado constantemente suas estimativas para os preços do petróleo nas últimas semanas, com o Morgan Stanley sendo o último banco a fazê-lo, apostando no Brent em US$ 95 no primeiro trimestre do ano que vem.

O mercado está atualmente vendo um “momento de realização de lucros após a recente alta”, disse Hans Van Cleef, economista sênior de energia do ABN Amro. “Além disso, o sentimento em outros mercados de energia se tornou um pouco mais relaxado, então isso também pode ser um efeito de contágio.”

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