Bloomberg — Faleceu Colin Powell, nascido no Harlem, filho de imigrantes jamaicanos, e o primeiro negro a se tornar secretário de Estado dos Estados Unidos e chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Ele tinha 84 anos.
Powell morreu na segunda-feira (18) devido a complicações da Covid-19, informou sua família na página do general no Facebook. Powell foi totalmente imunizado e estava sendo tratado no Walter Reed National Medical Center, disse a família.
Soldado condecorado, começou a carreira como segundo-tenente, posto obtido como aluno do Reserve Officer Training Corps, no City College de Nova York. Powell serviu no Vietnã, na Alemanha Ocidental e na Coreia do Sul antes de assumir o comando da Guerra do Golfo de 1990, como chefe do Estado-Maior Conjunto.
No esforço aliado para ajudar a Arábia Saudita e o Kuwait a se defenderem do Iraque de Saddam Hussein, ele desenvolveu a chamada Doutrina Powell. Exigia o uso de força esmagadora, com táticas de batalha de “choque e pavor”, para garantir a vitória e minimizar as baixas, quando as soluções diplomáticas se mostravam impraticáveis. Ele se autodenominou o “guerreiro relutante”.
Admirado por sua mistura de disciplina militar e otimismo radiante, Powell foi frequentemente instado a concorrer à presidência. Alto, de constituição sólida, com cabelos grisalhos e um sorriso fácil, ele representava para muitos o ideal americano de trabalho árduo e oportunidades iguais. Autor de quatro livros sobre si mesmo, ele argumentou que fazia parte de uma nova geração de líderes responsáveis.
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