Bloomberg — A demanda por aço deve subir novamente no ano que vem, mesmo com o potencial impacto da crise de energia na recuperação da economia global, de acordo com a World Steel Association.
O consumo deve aumentar 2,2%, para 1,896 bilhão de toneladas em 2022, um ritmo mais lento do que o aumento de 4,5% previsto para este ano, informou a associação na quinta-feira. O crescimento será impulsionado por mercados fora da China devido aos efeitos do desaquecimento do setor imobiliário do país sobre a demanda, segundo o relatório.
A escassez de energia e os gargalos das cadeias de suprimentos representam riscos para a recuperação, com algumas siderúrgicas europeias sendo forçadas a limitar a produção por causa dos maiores custos da eletricidade. A Worldsteel acredita que a retomada na produção de automóveis vai desacelerar em 2022, com o segmento ainda afetado pela escassez de semicondutores.
“Os produtores podem sentir o impacto da crise de energia, mas a demanda continuará por um tempo”, disse o diretor-geral da World Steel, Edwin Basson, em apresentação. “Não vemos um colapso significativo da demanda, mas é bem possível que, no início do ano novo, vejamos alguma redução do consumo.”
A demanda global por aço disparou este ano com construtoras e fabricantes na liderança da recuperação dos efeitos da pandemia. A China, em particular, usou projetos de construção em grande escala para impulsionar a retomada, o que elevou a demanda pelo metal.
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