Ata do Fomc prevê redução de estímulos a partir de meados de novembro

Membros do Fed sinalizaram no mês passado que estavam perto de começar a reduzir seus US$ 120 bilhões em compras mensais de ativos

Ata da reunião mostrou integrantes do Fed lutando contra a alta incerteza em ambos os lados de seu mandato por pleno emprego e preços estáveis
Por Craig Torres
13 de Outubro, 2021 | 04:37 PM

Bloomberg — Integrantes do Federal Reserve concordaram no mês passado que deveriam começar a reduzir o apoio emergencial à economia em meados de novembro ou de dezembro, apesar da variante delta.

“Os participantes em geral avaliaram que, desde que a recuperação econômica permanecesse amplamente no caminho certo, um processo de redução gradual concluído em meados do ano que vem provavelmente seria apropriado”, disse a ata da reunião do Fomc de 21 a 22 de setembro, divulgada na quarta-feira.

“Os participantes observaram que, se a decisão de começar a reduzir as compras ocorresse na próxima reunião, o processo de redução poderia ter início com os calendários de compra mensais em meados de novembro ou meados de dezembro.”

Membros do Fed sinalizaram no mês passado que estavam perto de começar a reduzir seus US$ 120 bilhões em compras mensais de ativos e o presidente Jerome Powell disse a jornalistas que o processo poderia ter início em novembro e provavelmente terminaria em meados de 2022. A ata da reunião mostrou integrantes do Fed lutando contra a alta incerteza em ambos os lados de seu mandato por pleno emprego e preços estáveis.

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A inflação está subindo no ritmo mais rápido em anos e está bem acima da meta de 2% do Fed. Os preços ao consumidor subiram 5,4% em setembro na comparação anual, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (13).

Autoridades do Fed projetaram no mês passado que as pressões sobre os preços diminuiriam para perto de sua meta no ano que vem, mas nove de 18 integrantes previram pelo menos uma alta de juros durante 2022, ante sete em junho.

O Fomc deixou as taxas perto de zero e disse que ficariam nesse patamar até que o mercado de trabalho atingisse o nível máximo de emprego e a inflação estivesse a caminho de ultrapassar 2% “por algum tempo”.

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