Bloomberg Línea — A pessoa mais rica da Ásia, Mukesh Ambani, foi a mais recente a ingressar no clube de empresários com uma fortuna acima de US$ 100 bilhões. O presidente da empresa indiana Reliance Industries juntou-se na sexta-feira (8) à lista de 11 homens que alcançaram esse patrimônio, segundo o Índice Bloomberg Billionaires, e ao qual nenhum latino-americano pertence ainda.
Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, é de longe o líder nesta categoria, com uma fortuna de US$ 222 bilhões, sendo o homem com a riqueza que mais cresceu neste ano - uma alta de US$ 52,4 bilhões.
A fortuna do empresário de 50 anos equivale a 1,06% do PIB dos Estados Unidos. O comportamento das ações da Tesla, que cresceram 7,64% até agora neste ano, o impulsionou na lista e permitiu que fosse o única a romper a barreira dos US$ 200 bilhões no final de setembro.
Porém, além do comportamento da montadora de carros elétricos na bolsa, seu ímpeto se deve à SpaceX, que atingiu a valorização de US$ 100 bilhões sexta após a venda de ações no mercado secundário, segundo a Bloomberg.
O negócio permitiu a Musk adicionar US$ 10,6 bilhões a sua fortuna, embora três quartos de sua riqueza tenham vindo graças a Tesla.
As três primeiras posições do ranking de fortunas pertencem a Jeff Bezos, com US$ 191 bilhões e que faturou US$ 549 milhões no ano, e Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, com US$ 156 bilhões e aumento de US$ 41,2 bilhões desde Janeiro. O fundador da Amazon sofreu com a estagnação das ações da empresa, que caíram -2,69% nos últimos seis meses.
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O brasileiro e latino-americano mais próximo
As 500 pessoas mais ricas adicionaram US$ 742 bilhões às suas fortunas este ano, de acordo com o índice Bloomberg, e os grandes empresários latino-americanos estão familiarizados com essa tendência. O mais próximo do clube de US$ 100 bilhões é o mexicano Carlos Slim.
O empresário, que controla a América Móvil, maior operadora de telefonia móvel da América Latina, tem um patrimônio avaliado em US$ 62,2 bilhões e está na 18ª posição no Índice Bloomberg Billionaires. Esse número equivale a 0,297% do PIB dos Estados Unidos ou 15,7% das 100 maiores bolsas universitárias concedidas no país.
Slim acrescentou US$ 5,85 bilhões à sua fortuna até agora neste ano. Segundo a Bloomberg, também tem participações em bancos comerciais, no jornal norte-americano New York Times e no setor de construção por meio do Carso Group.
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Para encontrar outro latino, é preciso chegar à posição 88, onde está o brasileiro Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna de US$ 20,5 bilhões. O empresário tem parte do controle da Anheuser-Busch InBev, maior fabricante de cerveja do mundo.
Além disso, é sócio de Marcel Telles e Carlos Sicupira, com quem também tem participação na Kraft Heinz e na Restaurant Brands International, empresa por trás do Burger King. Desde janeiro, sua fortuna caiu 13,9%, equivalente a US $ 3,32 bilhões.
Depois de Lemann, está a empresária latino-americana com a maior fortuna: Iris Fontbona, que é a chefe da família mais rica do Chile, com uma fortuna de US$ 20,5 bilhões. No ano, faturaram US$ 272 milhões e controlam a mineradora Antofagasta, uma das maiores produtoras de cobre do mundo.
Além disso, de acordo com a Bloomberg, possui uma participação no Banco de Chile; Invexans, fabricante de cabos e produtores de cobre; CSAV, uma empresa de navegação; e a cervejaria CCU.
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