Investidores avaliam avanço da inflação dos EUA: Eco Week

País divulga inflação ao consumidor e ao produtor; no Brasil, o PIB de agosto deve sinalizar o andamento da recuperação da economia

Dados de inflação dos EUA marcam mercados
10 de Outubro, 2021 | 10:11 AM

Bloomberg — A inflação ao consumidor dos EUA e os preços pagos aos produtores devem ter avançado em um ritmo saudável em setembro, sugerindo que as pressões de custo continuam a atravessar por toda a cadeia.

O índice de preços ao consumidor, amplamente seguido pelo mercado, deve ter avançado cerca de 0,3% em agosto, na comparação mensal, e 5,3% no ano, de acordo com a mediana dos economistas consultados pela Bloomberg. Já o indicador de preços ao produtor deve ter subido 8,7% na base anual.

Os números da inflação serão seguidos no final da semana pelo relatório de vendas no varejo nos Estados Unidos, que ajudará os economistas a darem os retoques finais em suas previsões para os gastos do consumidor no terceiro trimestre.

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As compras dos varejistas provavelmente caíram, já que as concessionárias de automóveis com estoque limitado lutaram para atrair compradores. Excluindo os veículos, as vendas no varejo devem aumentar.

Enquanto isso, o Federal Reserve deve divulgar na quarta-feira (13) a ata da reunião de política monetária de setembro, durante a qual as autoridades disseram que, até o final do ano, começarão a reduzir as compras de ativos que têm como objetivo estimular a economia. Vários presidentes dos bancos regionais do Fed também devem falar na próxima semana.

Ásia

O Banco da Coreia do Sul se reúne na terça-feira (12) e a maioria dos analistas espera que evite aumentar as taxas novamente até novembro. Os investidores estarão de olho em quaisquer votos divergentes do conselho e a comentários do governador Lee Ju-yeol em busca de pistas sobre os planos de aperto do banco.

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Os números do desemprego na Coreia do Sul saem na quarta-feira. Um relatório sobre pedidos de máquinas enviados no mesmo dia pelo Japão dará uma ideia do apetite por gastos de capital na terceira maior economia do mundo.

A China divulga dados comerciais para setembro na quarta-feira e dados de inflação de fábrica e ao consumidor na quinta-feira. No mesmo dia, a Austrália divulga dados de empregos para setembro, um mês em que grande parte da costa leste estava bloqueada para conter a disseminação do coronavírus.

A Autoridade Monetária de Singapura anuncia sua decisão de política na quinta-feira, com o produto interno bruto preliminar do terceiro trimestre divulgado no mesmo dia.

América Latina

O México divulga na terça-feira (12) os números da produção industrial de agosto, que devem ressaltar a natureza irregular e intermitente da recuperação do país e ficar aquém do ritmo de julho.

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A economia do Chile está muito quente - e a inflação está acima da meta de 3% e subindo - então os analistas esperam um aumento na taxa de juros de 75 pontos-base na quarta-feira, que colocaria a taxa básica em 2,25%. O banco central prevê uma inflação de fim de ano de 5,7%, à medida que a produção se expande até 11,5% em 2021.

Já na quinta-feira, o Banxico publica a ata de sua reunião de 30 de setembro, na qual divulgou um terceiro aumento consecutivo da taxa básica para 4,75%. Desde a decisão, os preços ao consumidor subiram para 6%, 300 pontos-base acima da meta.

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Já no Brasil, as leituras da produção industrial e das vendas no varejo fracas para agosto sugerem que os dados do PIB para o mesmo mês, a serem publicados na sexta-feira (15), podem voltar aos níveis do início de 2021.

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