Brasil sai da lista vermelha para entrada no Reino Unido

Viajantes chegando da África do Sul, do México e do Brasil não precisam mais de uma quarentena de 10 dias em hotel

Reino Unido está diminuindo as restrições de fronteira depois de frustrar as companhias aéreas com a constante mudança de regras durante a maior parte da pandemia
Por Siddharth Philip - Anthony Palazzo
07 de Outubro, 2021 | 04:29 PM

Bloomberg — O Reino Unido afrouxou as regras de entrada para 47 países e territórios, que estavam sujeitos aos controles mais rígidos para a Covid-19, como parte da última etapa para eliminar as restrições às viagens e reacender os negócios que dependem do turismo.

África do Sul, México e Brasil estão entre os países, cujos residentes não precisam mais de uma quarentena em hotel de 10 dias, na chegada ao Reino Unido, como informou o Departamento de Transporte, na quinta-feira (7). Apenas sete países - todos da América Latina - permanecerão na chamada lista vermelha depois que as mudanças entrarem em vigor, na segunda-feira (11).

O Reino Unido está diminuindo as restrições de fronteira depois de frustrar as companhias aéreas com a constante mudança de regras durante a maior parte da pandemia. Um novo sistema, que extingue a complexa abordagem de “semáforo”, entrou em vigor esta semana, e destinos como Turquia, Paquistão e Maldivas já passaram para a categoria “resto do mundo”.

“Finalmente parece que estamos vendo uma luz no fim de um túnel muito longo”, disse Sean Doyle, diretor executivo da British Airways, em um comunicado. A companhia aérea começará a aumentar o número de voos para a África do Sul e para o México, com voos diários para Joanesburgo e dois voos por dia para a Cidade do Cabo, até o final do ano.

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Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Peru e Venezuela permanecerão na lista vermelha, anunciou o Departamento de Transportes.

O Reino Unido também avançou numa outra política, que tinha gerado protestos por justiça - o não reconhecimento dos certificados de vacinas emitidos em vários países, incluindo Índia e África do Sul. O Reino Unido agora aceitará documentação de viajantes vacinados nesses países e de mais outros 35, incluindo Brasil, Gana, Paquistão e Turquia, aumentando o total para 105.

Com os Estados Unidos prestes a suspender a proibição de visitantes da Europa e de vários outros mercados importantes, as companhias aéreas agora estão otimistas de que as viagens de longa distância - incluindo o lucrativo mercado do Atlântico Norte - irão voltar a crescer em breve.

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“Assim que tivermos uma data definida para a reabertura das fronteiras dos EUA, em novembro, esperamos reconectar nossos dois países”, disse Doyle.

O secretário de transportes, Grant Shapps, passou a defender e promover a aceleração do aumento nas viagens internacionais, e convocou uma reunião de ministros do G-7 para discutir a questão dos passaportes de vacinas e o momento das mudanças na fronteira dos EUA.

Exigência de Teste

As últimas medidas aconteceram um dia depois que a Grã-Bretanha suspendeu a instrução contra viagens não essenciais a 32 países da lista verde, incluindo Gana e Malásia, uma mudança que, segundo o governo, remove uma barreira para a obtenção do seguro de viagem para visitas a estes destinos.

Apesar do progresso, o relaxamento das regras do Reino Unido não foi tão abrangente quanto as empresas aéreas, hotéis e restaurantes gostariam. A Airport Operators Association informou que a continuação da exigência de teste de Covid-19 para os passageiros dois dias após a chegada poderá dissuadir alguns viajantes.

A Grã-Bretanha teve uma média de pouco menos de 39.000 novos casos diários de coronavírus na semana passada, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. As mortes diárias tiveram uma média de 110, bem abaixo dos picos atingidos em janeiro.

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