São Paulo — O Bitcoin segue em forte alta pelo segundo dia consecutivo, consolidando o patamar recém-retomado acima de US$ 50 mil. Na manhã desta quarta, a mais conhecida das criptomoedas chegou a ser negociada a US$ 55,399 mil em Nova York, com alta de quase 8%, mesmo em meio à instabilidade nos demais mercados de ativo de risco, particularmente no setor de tecnologia.
O ritmo de valorização diminuiu logo depois e a maior das criptomoedas estava sendo negociada a US$ 54,596 a unidade, com alta de 6,3%, pouco depois das 12h30 (13h30 em Brasília). É o maior nível desde abril deste ano. Apenas nos últimos cinco dias, o Bitcoin já acumula um ganho de mais de 30%. No ano, a valorização já atinge 88%.

Na terça, estrategistas do Bank of America (BofA) afirmaram em relatório que o universo dos ativos digitais é “grande demais para ser ignorado”, em texto assinado por Alkesh Shah e Jessica Reif Ehrlich. “Nossa visão é que poderia haver mais oportunidades do que esperam os céticos”, disseram.
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O relatório do Bank of America demonstra que o entusiasmo pelos criptoativos está ganhando força em Wall Street, apesar de suas muitas controvérsias. No mês passado, a China emitiu uma proibição geral de transações de criptomoedas, e os fiscais financeiros dos Estados Unidos investigam algumas das maiores exchanges de criptomoedas.
Aos olhos do Bank of America, mais regulamentações poderiam ser um fator positivo para os criptoativos no longo prazo. Uma vez que se estabeleçam regras, a incerteza sobre como investir em criptomoedas será eliminada, escreveram os estrategistas.
O Bitcoin vem retornando lentamente a seus patamares anteriores após um colapso em maio causado pela proibição da mineração de criptomoedas pela China.
(atualizado às 13h40 com cotações mais recentes)
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