Banco Inter fecha acordo de compra da fintech USEND para ingressar no mercado dos EUA

“O Inter terá a vantagem de contar com estrutura e base de clientes sólidas, se posicionando como um full digital banking nos EUA”, disse o CEO do Inter, João Vitor Menin

Inter não divulgou o valor da aquisição da fintech americana USEND
27 de Agosto, 2021 | 11:45 AM

São Paulo — O banco digital Inter, sediado em Belo Horizonte (MG), vai entrar no mercado norte-americano. A companhia, controlada pelo clã do bilionário Rubens Menin, dono da construtora MRV e da CNN Brasil, fechou acordo para aquisição de 100% da USEND, fintech norte-americana. O valor do negócio não foi informado.

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Com mais de 150 mil clientes, a USEND oferece serviços de remessas de dinheiro entre países, com licença de instituição financeira em mais de 40 estados dos EUA, opera no mercado de cartão de débito, gift cards e recarga de celulares e deve lançar plataforma de investimentos e seguros, além de cartão de crédito, até o fim do ano.

O Inter, que diz ter 13 milhões de clientes no Brasil, espera ampliar a oferta de serviços e produtos fintech e competir com Chime e SoFi pelos clientes digitais. Com a união, o banco planeja investir em marketing on-line, alavancando a base de clientes, e acelerando a captura de participação (share) dentro do mercado dos EUA.

“Com a aquisição da USEND, o Inter terá a vantagem de contar com estrutura e base de clientes sólidas, se posicionando como um full digital banking nos EUA, oferecendo produtos e serviços mais baratos, justos e eficientes”, disse o CEO do Inter, João Vitor Menin.

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O negócio ainda depende de aprovações regulatórias. “A consequência será fortalecer a competição das fintechs nos EUA, levando as soluções da USEND e o nosso know-how de digital banking, sendo a primeira empresa brasileira do segmento a fincar os pés de forma firme nos EUA”, destacou o executivo.

Há em curso um movimento de bancos digitais brasileiros de olho no mercado americano. O Nubank prepara sua estreia sua listagem na Bolsa americana, onde a XP estreou em dezembro de 2019. A oferta inicial de ações (IPO) pode levantar mais de US$ 2 bilhões na Nasdaq em uma operação esperada para ser concluída em três meses.

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