Amazon vai abrir novo centro de distribuição no Brasil em meio ao avanço de gigante chinesa no e-commerce

Companhia americana anuncia unidade no Ceará, o que representa uma aposta na melhoria do atendimento dos consumidores no Nordeste, região em que a logística deficiente causa demora nas entregas

Amazon amplia presença no Nordeste em meio à ofensiva chinesa no e-commerce brasileiro
26 de Agosto, 2021 | 03:42 PM

São Paulo — A Amazon, gigante norte-americana do e-commerce, anunciou, nesta quinta-feira (26), a expansão de sua presença no Brasil, no contexto de avanço de empresas chinesas no varejo nacional. A companhia divulgou que vai abrir um novo Centro de Distribuição “nos próximos meses” no país, com o intuito de “aumentar a capilaridade logística da empresa no Brasil”.

A nova unidade, a 10ª da companhia no país, será aberta no Nordeste, região disputada pelas grandes varejistas, como Magazine Luiza, Carrefour (que comprou o Grupo Big em março) e o Grupo Mateus, do Maranhão, que abriu capital na B3 em outubro do ano passado e avança em outros estados do Norte e Nordeste.

Em comunicado, a Amazon informa que o novo Centro de Distribuição será na cidade cearense de Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza.

“Com a chegada do Centro de Distribuição do Ceará, poderemos atender com mais velocidade e eficiência os clientes da região Nordeste do país”, informou Ricardo Pagani, Diretor de Operações da Amazon no Brasil.

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Não será o primeiro Centro de Distribuição da Amazon no Nordeste. Em novembro de 2019, a companhia inaugurou uma unidade em Cabo Santo Agostinho, no estado de Pernambuco, com o intuito de oferecer entregas ainda mais rápidas na região.

A companhia tem nove Centros de Distribuição no Brasil, sendo a maioria (5) em Cajamar (SP), outro em Betim (MG), Santa Maria (DF), Santa Rita (RS), além do de Cabo de Santo Agostinho.

O comércio eletrônico no Brasil está com concorrência acirrada. Neste mês, o AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo chinês Alibaba, anunciou a abertura de seu marketplace para todos os vendedores brasileiros, lançando uma campanha de marketing para crescer no mercado nacional.

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A região Nordeste é um desafio para os players desse setor, porque a estrutura de logística é mais deficiente, com reclamações de consumidores sobre o tempo de espera para o recebimento de mercadorias adquiridas pela internet e outros meios eletrônicos, como o WhatsApp.

Neste mês, a Etna, varejista do segmento de casa e decoração, decidiu, por exemplo, fechar lojas físicas nas capitais do Ceará e de Pernambuco, limitando-se a entregas de compras realizadas pela internet.

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.