Paulo Guedes: Congresso pode tirar precatórios do teto dos gastos

“Não vamos discutir o mérito do Judiciário, mas temos que nos manter dentro da lei. Não podemos quebrar a Lei de Responsabilidade Fiscal e temos que obedecer o teto de gastos”, disse o ministro

Por

São Paulo — O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje durante evento online que o Congresso pode acabar tirando o pagamento de precatórios do chamado teto de gastos.

Segundo o ministro, o país estava se recuperando “quando veio o meteoro” do Judiciário, se referindo ao pagamento de quase R$ 90 bilhões em precatórios previsto para este ano. Até o ano passado, os precatórios consumiam menos de R$ 50 bilhões.

“Pode ser que o próprio Congresso resolva mudar, tirando o precatório do teto. Pode mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o ministro em evento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Veja mais: Para Guedes, ‘barulheira política’ está contaminando desempenho da economia

“Não vamos discutir o mérito do Judiciário, mas temos que nos manter dentro da lei. Não podemos quebrar a Lei de Responsabilidade Fiscal e temos que obedecer o teto de gastos”, disse se referindo ao encaminhamento da proposta de emenda constitucional (PEC) dos precatórios.

“Foi por isso que o governo apresentou uma PEC para parcelar pagamento de precatórios”, disse o ministro. “Vamos manter o compromisso com disciplina fiscal”, disse Guedes. “A PEC dos precatórios não é calote e nem irresponsabilidade; estados e municípios já parcelam precatórios”, disse ele.

Veja mais: Guedes diz que, sem parcelamento de precatórios, outras despesas serão prejudicadas

Guedes lembrou que o Banco Central tem autonomia e tem enfrentado a inflação. “A inflação está subindo no mundo todo”, disse.

O ministro afirmou ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira, está tentando “bravamente” manter a agenda de reformas.

Leia também

O que são precatórios?

Cosan cria empresa para explorar minério de ferro e fecha compra de porto de grupo chinês no Maranhão

Quem são e o que pensam os líderes em criptomoedas da América Latina em 2021