Carlyle premia equipes com US$ 2 milhões por foco em diversidade

Funcionários da própria empresa indicaram quase 200 pessoas, em projeto que pode crescer em termos de quantias nos próximos anos

Mais da metade dos ativos sob gestão do Carlyle são administrados por mulheres, enquanto o salário do CEO Kewsong Lee é calculado em relação a indicadores que incluem o desenvolvimento de uma cultura inclusiva
Por Sonali Basak
02 de Agosto, 2021 | 04:17 PM

Bloomberg — O Carlyle Group planeja oferecer prêmios no total de cerca de US$ 2 milhões a mais de 50 executivos e outros funcionários ao redor do mundo que se destacaram em metas vinculadas à diversidade, equidade e inclusão.

O objetivo é “recompensar um grupo de funcionários que foram além”, disse Sandra Horbach, diretora-gerente do Carlyle e codiretora de aquisição e crescimento nos EUA. “Não se trata de dinheiro, tem a ver com reconhecimento e com celebrar contribuições enquanto inspiramos outros a se posicionarem e assumirem um papel de maior liderança na condução da diversidade, equidade e inclusão”, disse em entrevista.

Na segunda-feira, a firma de private equity comunicará os premiados sobre os bônus, que são adicionais aos regulares da empresa, além de seu compromisso desde o início deste ano de atrelar bônus a metas de diversidade. Os funcionários indicaram quase 200 pessoas, e a empresa avalia expandir a quantia disponibilizada para os próximos anos.

Um dos ganhadores é Jay Sammons, responsável global pela divisão de consumo, mídia e varejo que fundou o grupo de recursos de funcionários do Carlyle dedicado à comunidade LGBTQ há cerca de uma década. Sammons tem buscado oportunidades de investimento que incluem empresas controladas por mulheres.

PUBLICIDADE

“Desde o primeiro dia, tive o poder de trazer meu eu autêntico para o trabalho que, no início da minha carreira, não sabia ser possível”, disse Sammons depois de a empresa de Washington informar que ele havia sido selecionado para um dos prêmios. “A obrigação que temos como líderes diversificados é sermos muito claros sobre a diversidade, não apenas porque é a coisa certa a fazer, mas porque gera melhores resultados de negócios.”

Mais da metade dos ativos sob gestão do Carlyle são administrados por mulheres, enquanto o salário do CEO Kewsong Lee é calculado em relação a indicadores que incluem o desenvolvimento de uma cultura inclusiva. A meta do Carlyle é ter 30% dos assentos do conselho das empresas de seu portfólio ocupados por pessoas que representam a diversidade até 2023.

“Precisamos avaliar as pessoas sobre isso mais do que no passado”, disse Horbach. “Nosso setor ainda tem um longo caminho a percorrer.”

Leia mais em bloomberg.com