Farmacêutica paulista Althaia pede registro de IPO para captar recursos e construir nova fábrica

Com atuação em medicamentos genéricos, similares e suplementos, laboratório sediado em Atibaia (SP) protocola pedido de oferta pública de ações para estrear na B3

Sede administrativa da indústria farmacêutica Althaia, em Atibaia, interior de São Paulo, que busca recursos para plano de expansão
30 de Julho, 2021 | 06:34 PM

São Paulo — A farmacêutica paulista Althaia fez nesta sexta-feira pedido para registro de oferta pública para venda de novas ações e papéis detidos por seus controladores, em um plano para contruir uma nova planta industrial, investimentos em P&D e em capital de giro, além do reforço da estrutura de capital.

A operação, nos termos da Instrução CVM 400 (sem esforços restritos), será coordenada pela XP (líder), Itaú BBA e Bank of America, segundo o prospecto preliminar encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No documento, a Althaia, que está em operação há 11 anos, se descreve como “uma das indústrias farmacêuticas brasileiras que apresentou o maior crescimento nos últimos cinco anos”, acrescentando que totalizou, em 2020, uma receita de R$ 287 milhões.

A empresa possui três unidades: uma planta na capital paulista para a produção de medicamentos, outra em Atibaia para a produção de suplementos e embalagens de medicamentos e suplementos, além de sua sede administrativa, e um centro de distribuição em Pouso Alegre (MG).

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O controlador da Althaia é a Firstbrand, de Jairo Yamamoto e Márcia Yamamoto. A companhia tem 52 produtos em seu portfólio, sendo 20 genéricos, com 51% de market share da nitazoxanida, 27% da exetimiba e 13% da vitamina D.

Os acionistas vendedores da oferta são identificados como Carolina Sommer Mazon, Gerson Silva de Souza, Jairo Aparecido Yamamoto, Maira Medeiros Vendramini, Márcia Regina Hirota Yamamoto, Marcos Henrique Chepuck Miazzo, Rachel Giachini Sampaio Ferreira e Ricardo Vinícius Ferrari.

A Althaia foi a terceira empresa a pedir registro de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta semana, depois da mineira Vix Logística e AMMO Varejo, sediada em Vinhedo (SP).

Neste ano, 40 empresas abriram capital e estrearam no pregão da B3, um número recorde. A onda de IPOs se deve principalmente à busca de captação de recursos pelas empresas para sua sobrevivência durante a pandemia da Covid-19 e planos de expansão, além da maior atratividade da renda variável para os investidores em um cenário de juros em patamar baixo.

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.