CEO do C6 mira grandes bancos

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Com uma mesa igual à dos demais colaboradores e, nesta segunda-feira (29), uma camiseta de Star Wars, o banqueiro Marcelo Kalim se confunde, para interlocutores desavisados, com o visual jovem dominante de seu “exército” de 3.300 funcionários do C6 Bank, banco digital que fundou em 2019 e que hoje comanda com a força do gigante americano JPMorgan Chase, seu principal sócio com 46% do capital.

Com fama de low profile e avesso a entrevistas e fotos, Kalim tem deixado no último ano, com alguma frequência, os bastidores para expor mais a evolução do neobank e também rebater o que ele chamou de “elucubrações e inverdades” difundidas na mídia sobre a instituição.

Ao conversar com Bloomberg Línea sobre o resultado operacional positivo de R$ 418 milhões no primeiro trimestre, Kalim traçou perspectivas para o banco em 2024, como a estabilização dos custos, das provisões para devedores duvidosos (PDD) e o crescimento das receitas. E contou como tem buscado se diferenciar em mercado de crescente competição, mas sem apontar outros neobanks como rivais.

“Sempre mirei esses bancos [Itaú, Bradesco e Santander] como os nossos principais concorrentes, pois os clientes que o C6 deseja são os que estão neles”, afirmou Kalim, que elogiou os incumbentes.

Sede do C6 Bank na avenida Nove de Julho, na região dos Jardins, em São Paulo (Foto: Rogerio Albuquerque/Divulgação)dfd — Sede do C6 Bank na avenida Nove de Julho, na região dos Jardins, em São Paulo (Foto: Rogério Albuquerque/Divulgação)(Rogério Albuquerque)

No radar dos mercados

Mercados globais têm uma pausa nos ganhos nesta manhã de terça-feira (30), que encerra o mês de abril, com investidores atentos a resultados trimestrais de empresas como Volkswagen, Amazon e McDonald’s.

- Saída do CEO do HSBC. Noel Quinn deixará o comando do maior banco europeu após cinco anos no cargo, segundo comunicado nesta terça. O conselho iniciou a busca por um substituto. Em sua gestão, o HSBC ampliou a aposta na Ásia, algo que tem se mostrado mais incerto diante de riscos maiores na China.

- Setor automotivo em xeque. Resultados trimestrais de Volkswagen, Stellantis e Mercedes mostraram que 2024 começou com desafio ainda maior para vendas. Como reflexo, as três montadoras apostam em novos modelos para recuperar o momentum, especialmente em elétricos.

- Amazon divulga balanço. Depois do impacto de Alphabet (Google) e Meta nas bolsas, hoje será a vez da divulgação dos resultados da big tech de Jeff Bezos, após o fechamento do mercado. Mais uma vez, o foco estará no impacto gerado pelo uso de IA, segundo analistas.