Bloomberg — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na segunda-feira (24) para estabelecer a “Missão Gênesis”, um esforço federal para impulsionar a inovação em inteligência artificial - a mais recente medida do governo para promover a tecnologia de IA e sua adoção.
O objetivo da iniciativa é coordenar melhor as pesquisas realizadas pelas agências em todo o governo e integrar de forma mais eficaz as ferramentas de IA para obter mais avanços científicos, de acordo com Michael Kratsios, diretor do Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, que falou aos jornalistas sobre a ordem antes da assinatura de Trump.
A missão aproveitará os recursos de computação dos laboratórios nacionais do Departamento de Energia para explorar conjuntos de dados federais e permitir mais experimentos com IA, acrescentou Kratsios. Para ele, o esforço ajudaria a encurtar os prazos das descobertas científicas.
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As parcerias com empresas do setor privado, incluindo Nvidia, Dell, HPE e Advanced Micro Devices, aumentarão os recursos de supercomputação nos laboratórios, de acordo com um funcionário sênior do governo, que falou à Bloomberg News sob condição de anonimato para fornecer detalhes sobre o pedido. O funcionário citou anúncios recentes dessas empresas como um modelo para possíveis novos anúncios.
Na segunda-feira, as autoridades disseram que a iniciativa aceleraria as descobertas científicas em engenharia de materiais, ciências da saúde e energia. E procuraram apresentar os ganhos de inovação como essenciais para ajudar a impulsionar a produção e reduzir os preços, outra prioridade fundamental para o governo, que procura abordar as preocupações dos eleitores sobre os custos de vida.
“Com o poder da IA, os Estados Unidos estão à beira de uma revolução científica”, disse Kratsios na segunda-feira.
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Custos de energia
Os enormes recursos de computação necessários para o desenvolvimento e uso da IA, no entanto, dependem de data centers que consomem muita energia, o que gerou preocupações de que a adoção da tecnologia só aumentará a pressão sobre a rede elétrica dos EUA.
O Secretário de Energia, Chris Wright, disse na segunda-feira que a iniciativa Genesis ajudaria a combater o aumento dos custos de energia, afirmando que um de seus “objetivos finais” no espaço energético é “trazer mais energia, tornar nossa rede elétrica mais eficiente e reverter os aumentos de preços que enfureceram os cidadãos americanos”.
“Vamos interromper o aumento do preço da energia. Primeiro, ele se estabilizará e, por fim, pressionará os preços da eletricidade para baixo”, disse Wright.
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A iniciativa foi apresentada no início de novembro pelo chefe de gabinete do Departamento de Energia, Carl Coe, que a apresentou como um esforço para sinalizar que o governo Trump considera a corrida para desenvolver a tecnologia de IA tão importante quanto a corrida espacial e o Projeto Manhattan da Segunda Guerra Mundial para desenvolver a bomba atômica.
Na segunda-feira, Kratsios chamou a iniciativa de “a maior mobilização de recursos científicos federais desde o programa Apollo” - a missão dos EUA de enviar humanos à Lua e trazê-los de volta à Terra em segurança.
Trump tem frequentemente elogiado a promessa da IA e fez de seu desenvolvimento uma das principais prioridades de seu governo, promovendo políticas que ele diz serem essenciais para garantir que os EUA vençam uma corrida com a China e outros países pelo avanço da tecnologia.
Por meio de uma série de ordens executivas, Trump tem agido para aliviar os encargos regulatórios para facilitar às empresas a construção de infraestrutura de IA e centros de dados de energia e para que os aliados obtenham hardware e software importantes.
Ele também fez pressão para bloquear a regulamentação em nível estadual nos EUA, defendendo um padrão federal. O presidente está preparando uma ordem executiva que permitiria ao Departamento de Justiça processar os estados sobre regulamentações de inteligência artificial que ele considera inconstitucionais.
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