Suzano confirma interesse na compra dos ativos da International Paper

Não há, contudo, nenhum acordo até o momento, segundo comunicado divulgado pela companhia nesta quarta (22)

A Suzano controla quase um terço da capacidade global de celulose de fibra curta
Por Ilena Peng - Gerson Freitas Jr.
22 de Maio, 2024 | 02:25 PM

Bloomberg — A Suzano (SUZB3), maior produtora de celulose do mundo, confirmou seu interesse em comprar os ativos da gigante norte-americana de embalagens International Paper, ao mesmo tempo em que reiterou que nenhum acordo foi feito.

Não há atualmente “nenhum acordo, vinculante ou não, nem qualquer decisão ou deliberação” por parte da administração da empresa que se qualificaria como um “fato relevante”, disse a Suzano nesta quarta-feira (22) em resposta a um questionamento da B3.

A agência de notícias Reuters informou em 7 de maio que a Suzano havia abordado a International Paper com uma possível oferta em dinheiro, avaliando a empresa em quase US$ 15 bilhões.

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A Reuters disse na segunda-feira que a empresa brasileira tem conversado com consultores sobre o aumento de sua oferta.

Os investidores da Suzano tiveram uma reação negativa a um possível acordo.

As ações da empresa caíram mais de 17% desde 6 de maio, enquanto os juros que os investidores exigem para manter os US$ 1,75 bilhão em títulos da Suzano com vencimento em 2029 aumentaram em mais de 1 ponto percentual, chegando a 6,5%.

Um acordo com a International Paper - que foi fundada há mais de um século, em 1898 - criaria uma potência de papel e celulose que lidaria com todas as etapas, desde o plantio de árvores de eucalipto até a distribuição de caixas de papelão ondulado, com operações que abrangeriam da América do Norte ao Japão.

A Suzano controla quase um terço da capacidade global de celulose de fibra curta, um material essencial para o papel tissue e para escrever.

Uma combinação com a empresa norte-americana marcaria seu primeiro passo em um impulso muito esperado para a internacionalização e permitiria diversificar as operações no setor de embalagens mais estável.

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