Shein terá que se adaptar a regras de conteúdo digital para operar na Europa

Lei de Serviços Digitais da União Europeia exige que plataformas de e-commerce monitorem os vendedores e permitam denúncias de conteúdo ilegal

Imagem de um hall da sede da Shein, com tons claros e letreiros luminoso
Por Samuel Stolton - Jillian Deutsch
11 de Março, 2024 | 11:58 AM

Bloomberg — A empresa de fast-fashion Shein deverá cumprir as regras da União Europeia destinadas a reprimir o conteúdo ilegal e nocivo online, em um sinal de que os órgãos reguladores estão prestando mais atenção à gigante de e-commerce de moda.

Fundada na China e popular entre consumidores de todo o mundo, a companhia terá que seguir a Lei de Serviços Digitais da UE em breve, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.

As regras exigem que os markeplaces online monitorem os vendedores em sua plataforma, adicionem métodos para que os clientes sinalizem conteúdo ilegal e testem aleatoriamente para possíveis produtos ilegais.

A medida significa que a Shein pode estar sujeita a multas de até 6% da receita global por violar as regras, criadas para reduzir a disseminação de conteúdo ilegal na internet.

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Entre as plataformas que já são sujeitas à lei estão o YouTube, da Alphabet (GOOGL), o Facebook, da Meta (META), e o X, de Elon Musk.

Outros marketplaces, como o AliExpress, do Alibaba Group (BABA), e a plataforma da Amazon (AMZN) também seguem as recomendações, tendo atendido aos critérios de ter pelo menos 45 milhões de usuários ativos mensais.

A lei, que entrou em vigor em agosto de 2023, dá aos órgãos reguladores europeus poderes para responsabilizar as principais empresas de tecnologia pelo conteúdo de suas plataformas.

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As regras incluem restrições ao uso de dados confidenciais, como raça ou religião, para direcionamento de anúncios, proibição de direcionamento de anúncios para menores de idade e bloqueio de táticas que forçam as pessoas a consentir com o monitoramento online.

“Estamos em um diálogo regular e construtivo com a Comissão Europeia para garantir a conformidade contínua com as leis e regulamentos da UE”, disse Shein.

A Comissão Europeia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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