Raízen estuda vender negócio de combustível de aviação, segundo fontes

Negócio está estimado em até US$ 200 milhões, disseram fontes à Bloomberg News, e venda ajudaria a reduzir a alavancagem; empresa não quis comentar

Por

Bloomberg — A Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, avalia a venda do seu negócio de distribuição de combustível de aviação como parte dos esforços para reduzir a sua alavancagem, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram com a Bloomberg News.

A empresa, uma joint venture entre a gigante do petróleo Shell e o conglomerado brasileiro Cosan, trabalha com o Bank of America enquanto considera uma possível transação, disseram as pessoas, que pediram anonimato pois a informação não é pública.

O negócio está estimado em até US$ 200 milhões, disse uma das pessoas.

A Raízen (RAIZ4) e o BofA não comentam.

Leia mais: Raízen contrata JPMorgan para venda de ativos na Argentina, dizem fontes

A potencial venda viria em um momento em que a Raízen passa por uma grande reestruturação, busca reduzir investimentos e se desfazer de ativos enquanto navega pelas altas taxas de juros no Brasil.

A empresa contratou o Itaú BBA para vender usinas de açúcar, segundo noticiou a Bloomberg News no mês passado.

A Raízen faz parte do conglomerado Cosan (CSAN3), do bilionário Rubens Ometto, que enfrenta desafios para reduzir seus níveis de alavancagem após ter sofrido com alguns dos seus investimentos, incluindo uma participação na gigante da mineração Vale - que foi vendida no início deste ano.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Raízen: rápido aumento dos juros impôs senso de urgência, diz CEO

Cosan, de Rubens Ometto, vende R$ 9 bi em ações da Vale para reduzir a dívida