Bloomberg — A presidente executiva do Banco Santander, Ana Botin, tem uma regra simples quando se trata de fusões e aquisições: Manter a cordialidade.
“Os negócios amigáveis são o caminho a seguir” em um mundo “onde os governos defendem seus países” e “a regulamentação é o que é”, disse Botin no programa Wall Street Week da Bloomberg TV na sexta-feira.
O Santander concluiu dois negócios este ano na Europa, ao comprar a unidade TSB do Banco Sabadell logo após fechar um acordo para vender sua unidade polonesa ao Erste Group Bank, uma das maiores transações bancárias internacionais na Europa nos últimos anos.
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Esse sucesso contrasta com o de alguns de seus rivais, que viram fracassar abordagens mais agressivas.
O rival espanhol BBVA não obteve aprovação para sua oferta hostil de compra dos acionistas do Sabadell, enquanto o UniCredit desistiu de sua oferta pelo Banco BPM em julho, após resistência de Roma.
Botin também disse que o “excesso” de regulamentação e impostos significa que “a Europa está se distanciando cada vez mais dos Estados Unidos”.
A Europa precisa mostrar mais ambição para fechar a lacuna, disse Botin, ao mesmo tempo em que defende menos regulamentação.
“O maior risco prudencial individual é a falta de crescimento”, disse ela. Os bancos poderiam ajudar a turbinar as economias se tivessem uma “maior capacidade de emprestar”.
Botin também disse que o consumidor dos EUA está mostrando poucos sinais de estresse, com a taxa de perda de empréstimos para automóveis do banco “estável”.
--Com a ajuda de David Westin.
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