Bloomberg — A Kering está em negociações para vender sua divisão de beleza à L’Oréal em um acordo avaliado em cerca de € 4 bilhões (US$ 4,7 bilhões), segundo pessoas com conhecimento do assunto que falaram com a Bloomberg News.
A operação faz parte dos esforços do novo CEO, Luca de Meo, para reverter a trajetória do grupo de luxo.
O anúncio pode ser feito já na próxima semana, embora as conversas ainda possam fracassar, disseram as fontes, que pediram anonimato por se tratar de informações privadas.
A Kering preferiu não comentar. Já a L’Oréal, dona de marcas como Garnier e Maybelline New York, não respondeu de imediato ao pedido de comentário. As negociações foram divulgadas inicialmente pelo Wall Street Journal.
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A venda da unidade de beleza seria o primeiro movimento estratégico de De Meo, que enfrenta a desaceleração da demanda chinesa e o risco de tarifas mais altas nos Estados Unidos.
O executivo, que assumiu o comando da empresa no mês passado em substituição a François-Henri Pinault, deve apresentar sua visão estratégica na próxima primavera europeia.
No início deste ano, Pinault anunciou que deixaria o cargo após uma série de alertas de queda nos lucros do grupo de luxo fundado por seu pai, François Pinault. A família Pinault é a principal acionista da Kering, com 42% de participação e 59% dos direitos de voto.
Dona de marcas de moda como Gucci, Bottega Veneta, Saint Laurent e Balenciaga, a Kering criou sua divisão de beleza em 2023. Naquele mesmo ano, a empresa adquiriu a fabricante de perfumes Creed por cerca de € 3,5 bilhões para estruturar sua plataforma de cosméticos, mas desde então vem enfrentando desafios mais urgentes.
-- Com a colaboração de Natasha Voase e Claudia Cohen.
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