Bloomberg Línea — O Itaú Unibanco (ITUB4) superou as expectativas do mercado e apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 11,128 bilhões no primeiro trimestre, com um crescimento de 13,9% em 12 meses, segundo resultado divulgado nesta noite de quinta-feira (8).
O consenso dos analistas consultados pela Bloomberg apontava um lucro de R$ 10,99 bilhões.
O desempenho foi atribuído a ”uma combinação de um mix saudável da carteira de crédito, de uma inadimplência controlada e do foco nas necessidades de seus clientes", segundo nota.
Leia mais: CEO do Itaú aposta em agente de investimento com IA: jornada é de experimentação
“Além de evidenciar os avanços na nossa agenda de inovação e transformação cultural, especialmente na centralidade do cliente, a solidez dos nossos indicadores financeiros demonstram o quanto o Itaú Unibanco está preparado e forte para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no curto e no longo prazo”, disse o CEO Milton Maluhy Filho, em nota.
A rentabilidade da operação consolidada cresceu de 21,9% há um ano para 22,5% no primeiro trimestre, considerando o Retorno Recorrente Gerencial sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROE, na sigla em inglês) anualizado.
A carteira de crédito total ajustada teve alta anual de 13,2%, totalizando R$ 1,383 bilhão. O índice de inadimplência (acima de 90 dias) caiu 0,4 ponto percentual na comparação anual, de 2,7% para 2,3%.
A carteira de pessoas físicas aumentou 8,6% em 12 meses, com destaque para o crescimento de 16,7% em crédito imobiliário, de 9,0% em veículos e de 7,8% em crédito pessoal, segundo o Itaú.
Já o crescimento da margem financeira com clientes foi de 13,9% na comparação anual, impulsionado pelo efeito positivo do avanço da carteira de crédito, da maior margem com passivos, além da melhor remuneração do capital do banco, segundo o comunicado.
Leia mais: Bradesco tem lucro acima do previsto com avanço em cliente de alta renda e PJ
Por sua vez, as receitas de serviços e seguros tiveram incremento de 5,6% em comparação com o mesmo período de 2024.
Foram impulsionadas principalmente pelo aumento do faturamento na atividade de emissão de cartões e pelos maiores ganhos com administração de recursos, além do crescimento de 16% no resultado de seguros.
As despesas não decorrentes de juros alcançaram R$ 15,8 bilhões, com aumento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o comunicado. Os investimentos estratégicos em tecnologia impulsionaram o crescimento das despesas, além do aumento de custos com pessoal.
O índice de eficiência do banco no primeiro trimestre foi de 38,1%, redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo o menor da série histórica - quanto mais baixo, melhor, pois significa maior capacidade de gerar receita com o mesmo custo.
Essa evolução foi impulsionada pela performance de receitas, que, por sua vez, é viabilizada pelos investimentos em tecnologia, apontou o banco.
Leia também
‘Cautela não nos incomoda’, diz CEO do Santander Brasil sobre retomada gradual
De Itaú a Santander, economistas de bancos veem o fim do ciclo de alta da Selic