Bloomberg — A Pandora, que vende mais joias do que qualquer outra empresa no mundo, escolheu sua primeira mulher como CEO, um ajuste em seu quadro de diretores dominado por homens, que há muito tempo não corresponde à base de clientes.
Berta de Pablos-Barbier, a atual diretora de marketing da empresa sediada em Copenhague, assumirá o cargo de diretora executiva em março, de acordo com um comunicado na terça-feira. Ela irá substituir Alexander Lacik, 60 anos, que irá se aposentar.
A Pandora, cujos produtos são usados quase que exclusivamente por mulheres, vem trabalhando para melhorar o equilíbrio entre os gêneros há anos, mas não conseguiu fazer grandes avanços no topo da organização.
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A empresa vendeu títulos vinculados à sustentabilidade que, entre outras coisas, visam a uma maior proporção de mulheres em cargos de liderança e estabeleceu uma meta de paridade de gênero para os principais líderes a ser alcançada em 2030.
Ainda assim, Pablos-Barbier, de nacionalidade espanhola, é atualmente a única mulher na equipe de liderança executiva de oito pessoas da Pandora.
A igualdade de gênero é melhor na diretoria da Pandora, onde metade das oito pessoas são mulheres.
Lacik conseguiu introduzir um pouco de calma na Pandora durante seus seis anos e meio de mandato, pondo fim a uma série de advertências de lucros feitas por seu antecessor, Anders Colding Friis.
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As ações da Pandora tiveram um ganho anual de 23% sob o comando de Lacik, em comparação com uma média de cerca de 11%, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Antes de ingressar na Pandora em 2024, de Pablos-Barbier, 56 anos, foi CEO da Moet & Chandon. Ela também ocupou cargos executivos em marcas como Mars e Lacoste.
“Apesar de sermos os maiores em nosso setor, a Pandora ainda tem um potencial significativo inexplorado”, disse ela em um comunicado.
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