Engie estuda vender fatia em negócio de linhas de transmissão no Brasil, dizem fontes

Segundo pessoas que falaram com a Bloomberg News, o Morgan Stanley foi contratado como assessor de uma possível transação; Engie e banco não quiseram comentar

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Bloomberg — A subsidiária brasileira da Engie estuda a venda de uma participação minoritária em seus negócios de linhas de transmissão de energia, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram com a Bloomberg News.

A Engie Brasil Energia (EGIE3) contratou o Morgan Stanley como assessor em uma possível transação, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque a informação não é pública.

As conversas estão em estágio inicial e não há garantia de que qualquer negócio será fechado, disseram elas.

A Engie Brasil e o Morgan Stanley não quiseram comentar.

Leia também: Energisa contrata BTG Pactual para vender linhas de transmissão, dizem fontes

As empresas de energia no Brasil têm buscado parceiros para ajudá-las a financiar seus investimentos em linhas de transmissão. A Energisa contratou o BTG Pactual para assessorá-la na venda da unidade de transmissão, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News na semana passada.

A Engie Brasil, com sede em Florianópolis, registrou um lucro líquido de R$ 567 milhões no segundo trimestre, abaixo da estimativa do BTG Pactual, de R$ 841 milhões.

O resultado aquém do esperado foi motivado por um desempenho “fraco” no segmento de geração, em meio a cortes de produção e preços mais baixos, escreveram analistas liderados por Antonio Junqueira em nota no mês passado.

A Engie Brasil, controlada pela empresa francesa de energia, possui três linhas de transmissão — Gralha Azul, Novo Estado e Gavião Real — com uma receita total autorizada de cerca de R$ 812 milhões, de acordo com seu relatório de resultados do segundo trimestre.

A empresa também possui outra linha existente e venceu um leilão no ano passado que contempla a implantação de seis novas linhas, com cerca de 780 km.

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