:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/65XCFSTVSVGRBDYHVPQHNUSNXA.jpg "O bilionário Elon Musk, dono do Twitter e fundador da Tesla e da SpaceX")
Bloomberg — Elon Musk, o bilionário proprietário da rede social X, diz que os anunciantes que pararam de gastar na plataforma devido ao seu endosso a uma postagem antissemita podem “se f—”.
“O que isso vai fazer é matar a empresa, e o mundo inteiro saberá que os anunciantes mataram a empresa”, disse Musk na conferência DealBook do New York Times na quarta-feira (29). “Vá se f—.”
A postagem foi a “pior e mais estúpida que já fiz”, disse Musk, o diretor executivo da Tesla (TSLA).
No entanto, se os anunciantes saírem da empresa, a culpa será deles – disse Musk, afirmando que estavam tentando “me chantagear com dinheiro”. “Eu não vou fazer malabarismos” para provar confiabilidade, afirmou.
Musk subiu ao palco na conferência DealBook após algumas semanas tumultuadas para a pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido de cerca de US$ 226 bilhões.
No início deste mês, Musk concordou com uma postagem que afirmava que os judeus têm um “ódio dialético” pelos brancos. Essa mensagem desde então recebeu críticas da Casa Branca, bem como de vários investidores da Tesla. Grandes marcas, incluindo Walt Disney (DIS) e Apple (AAPL), se distanciaram da plataforma anteriormente conhecida como Twitter.
Do palco do DealBook, Musk chamou especificamente por “Bob”, referindo-se a Robert Iger, CEO da Disney. Iger falou no evento mais cedo no mesmo dia.
Elon Musk pediu desculpas pela primeira vez desde que a postagem causou uma reação global, de acordo com um vídeo publicado na conta do New York Times no X. Musk, que voou para Israel para visitar áreas afetadas pelo ataque do Hamas em 7 de outubro, ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que a viagem estava planejada antes da reação dos anunciantes.
Ele esclareceu que não se tratava de uma “turnê de desculpas”. Após a visita, ele apareceu no palco usando uma “dog tag”, que se tornou um símbolo do apelo pelo retorno de reféns capturados pelo Hamas, designado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Musk instou as pessoas a julgá-lo por suas ações em vez de suas palavras e mencionou duas empresas que ele comanda como justificativa. Ele disse que a Tesla fabrica mais carros elétricos do que os concorrentes. Já a SpaceX envia mais satélites ao espaço do que qualquer outra empresa ou país, afirmou.
“Me odeie, goste de mim ou seja indiferente. Você quer ou não o melhor carro?” disse ele. Ele afirmou ainda ter feito “mais pelo meio ambiente do que qualquer ser humano”.
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