Bloomberg Línea — A BASF informou nesta segunda-feira (17) que assinou um acordo com a americana Sherwin-Williams para a venda da operação das marcas Suvinil e Glasu!, de tintas decorativas, no Brasil.
Em comunicado, a companhia informou que o valor do negócio é de US$ 1,15 bilhão (ou R$ 6,5 bilhões) - em uma base livre de caixa e dívidas.
A venda da Suvinil e da Glasu! marca uma fase de desinvestimentos da BASF no setor de tintas. Essa frente era o único negócio para consumidores (B2C) da empresa.
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No ano passado, a BASF anunciou o encerramento da produção de tintas automotivas na América do Sul - o que afetou a unidade Demarchi, vendida nesta segunda-feira, e também a fábrica de Tortuguitas, na Argentina.
O acordo acertado nesta segunda engloba as fábricas Demarchi, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
O negócio de tintas decorativas da BASF opera quase exclusivamente no Brasil e possui sinergias limitadas com outros negócios da divisão de tintas e revestimentos da companhia de químicos.
Em 2024, a frente dos negócios de tintas e revestimentos gerou aproximadamente US$ 525 milhões em vendas para a BASF.
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Para o segundo trimestre de 2025, a companhia informou que pretende abordar o mercado para explorar opções estratégicas adicionais para as demais atividades da divisão de Tintas & Revestimentos, sobretudo revestimentos automotivos e revestimentos de repintura e tratamento de superfícies.
“Estamos convencidos de que o negócio de tintas decorativas continuará a prosperar como parte da Sherwin-Williams”, disse, em nota, Anup Kothari, membro do Conselho Diretivo da BASF e responsável pela divisão de Tintas & Revestimentos da empresa.
“Estou muito satisfeito que tenhamos avançado rapidamente para encontrar um novo lar para a Suvinil”, disse Kothari. Cerca de 1.000 colaboradores trabalham nas fábricas da Suvinil e Glasu!.
Para o presidente e CEO da Sherwin-Williams, Heidi G. Petz, a aquisição da Suvinil é interessante por ser “altamente complementar” aos negócios da companhia, que tem reforçado sua atuação na América Latina.
“Estamos animados para capitalizar as fortalezas de ambas as empresas e aumentar ainda mais o valor gerado para os clientes”, disse, em nota, Petz.
A conclusão da venda está prevista para o segundo semestre de 2025, mas ainda está sujeita à aprovação das autoridades de concorrência relevantes, como o Cade.
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