Bloomberg — O minério de ferro aprofundou a queda desta semana, diante da pressão crescente das autoridades chinesas para conter a alta dos últimos meses.
Os futuros em Singapura afundaram até 4,1% nesta terça-feira (28), para US$ 127,30 a tonelada.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que está examinando índices de preços de commodities, inclusive para minério de ferro e aço.
A declaração segue a notícia de uma reunião do órgão regulador com os principais operadores portuários, onde se comprometeu a reforçar a supervisão dos estoques de minério, na esteira de alertas aos participantes do mercado contra suposta manipulação de preços.
O minério de ferro subiu mais de 30% desde meados de agosto, com cinco ganhos semanais consecutivos até sexta-feira (24), aumentando os custos para as usinas siderúrgicas do país.
A alta foi impulsionada pelas medidas do governo chinês para estimular o setor imobiliário, incluindo 1 trilhão de yuans (US$ 140 bilhões) em novas emissões de dívida para financiar projetos de moradia e urbanização, assim como a elaboração de uma lista de 50 incorporadoras que receberão mais apoio dos bancos.
Alguns analistas têm dúvidas se as medidas reforçarão significativamente o setor imobiliário, que sempre foi um importante motor da demanda por aço.
Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia, disse que as incorporadoras chinesas podem não estabilizar a demanda por aço tão rápido quanto os mercados esperam.
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