Acionistas da Wise apoiam mudança da listagem da fintech de Londres para Nova York

A mudança reflete aposta de que mercados norte-americanos oferecem volumes de negociação maiores e têm proporcionado retornos superiores aos de Londres, o que pode abrir as ações da empresa para investidores institucionais e de varejo

A mudança reflete aposta de que mercados norte-americanos oferecem volumes de negociação maiores e têm proporcionado retornos superiores aos de Londres (Foto: Eóin Noonan/Sportsfile via Getty Images)
Por Jenny Surane
28 de Julho, 2025 | 05:04 PM

Bloomberg — Os acionistas da Wise aprovaram uma proposta para transferir sua listagem principal para fora de Londres, uma medida que também permitirá que o CEO Kristo Käärmann mantenha suas chamadas golden shares por muitos anos mais.

Cerca de 85% dos acionistas que votaram as propostas aprovaram as medidas, de acordo com um registro regulatório na segunda-feira (28).

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“Estamos satisfeitos com o fato de nossos acionistas terem aprovado a proposta por esmagadora maioria, o que nos dá um forte mandato para prosseguir”, disse David Wells, presidente da Wise, em um comunicado. “Apreciamos o amplo envolvimento com nossos acionistas. Com esse alto nível de apoio, nosso foco está firmemente voltado para o futuro.”

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A Wise argumentou que a mudança de sua listagem principal para os EUA acabará abrindo suas ações para legiões de investidores institucionais e de varejo, dando-lhe mais liquidez e, presumivelmente, aumentando sua avaliação. Os mercados norte-americanos oferecem volumes de negociação muito maiores e têm proporcionado retornos superiores aos de Londres nos últimos anos, o que os torna mais atraentes para os investidores em potencial.

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A proposta foi aprovada, apesar de ter enfrentado nos últimos dias o escrutínio das principais empresas de consultoria para acionistas, porque também exigia que os investidores aprovassem a extensão da estrutura de ações de classe dupla que foi introduzida durante a listagem direta da empresa em 2021. O cofundador da Wise, Taavet Hinrikus, também fez lobby contra o plano, criticando a empresa de fintech pelo voto combinado.

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