Bloomberg Línea — O sentimento de otimismo nos mercados internacionais apoiou os índices de ações no final das negociações desta quarta-feira (27) e ajudou o Ibovespa (IBOV) a fechar em alta, compensando parte das perdas dos dois últimos pregões.
O índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,65%, aos 127.691 pontos, na primeira sessão de ganhos na semana. O dólar (USDBRL) estava perto da estabilidade e era negociado a R$ 4,98 ao final do pregão, com variação de 0,01%.
O avanço do dia foi impulsionado pelas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4). Rede D’Or (RDOR3) e Itaú Unibanco (ITUB4) também subiram e ficaram entre as maiores contribuições positivas.
Lojas Renner (LREN3), Raízen (RAIZ4) e Grupo Casas Bahia (BHIA3) avançaram e lideraram entre as maiores altas. No caso da do Grupo Casas Bahia, os papéis tiveram um dia de recuperação depois das quedas nos últimos dias, refletindo o balanço e o prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão no quarto trimestre.
Outro destaque foram as ações do Grupo Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3), que subiram depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a fusão dos grupos varejistas de moda, sem restrições.
Já os papéis da Natura (NTCO3) caíram e foram a maior contribuição negativa para o dia. As ações da CVC (CVCB3) caíram e lideraram as perdas depois de a empresa de viagens divulgar balanço do quarto trimestre. As vendas líquidas ficaram abaixo das estimativas de analistas.
A JBS (JBSS3) também fechou em baixa após o resultado trimestral e a indicação de Joesley e Wesley Batista para integrar o conselho de administração da companhia, segundo documento arquivado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A volta ao conselho depois de quase sete anos dos dois empresários, que controlam também a holding J&F Investimentos, precisará ser aprovada em assembleia geral extraordinária (AGE) de investidores da JBS marcada para o próximo dia 26 de abril, junto com a proposta de ampliação do mesmo colegiado para até onze assentos, dois a mais do que o atual limite.
No âmbito doméstico, destaque para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, que teve queda de 0,47% em março. Esta foi a segunda deflação mensal seguida, após queda de 0,52% de fevereiro.
-- Com informações da Bloomberg News.