Ibovespa sobe com Petrobras, mas mantém cautela com Fed no radar

Segundo o Boletim Focus divulgado nesta manhã, mercado voltou a aumentar a estimativa para o IPCA tanto ao fim de 2024 como do próximo ano

Prédio que abriga a bolsa brasileira, a B3, em São Paulo: impacto de preocupações com a política fiscal (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)
10 de Junho, 2024 | 10:28 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) subia na manhã desta segunda-feira (10), com os investidores de olho na alta da Petrobras (PETR4), mas ainda à espera da decisão do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (12) e dados sobre a inflação ao consumidor do Brasil amanhã (11).

O Boletim Focus, do Banco Central (BC), também fica no radar dos traders, com a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 e 2025 em alta.

Às 15h47, no horário de Brasília, o principal índice dos mercados brasileiros subia 0,16%, aos 120.962 pontos.

No mesmo horário, o dólar subia 0,20%, aos R$ 5,35.

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As ações da Petrobras subiam 2,46%, minutos após a reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a nova presidente da petrolífera, Magda Chambriard.

De acordo com o Focus, que tem como base as projeções de analistas e estrategistas de mercado, o IPCA ao final de 2024 deve encerrar com variação acumulada de 3,90%, ante 3,88% no relatório anterior. Para 2025, a mediana das expectativas passou de 3,77% para 3,78%.

A mediana das projeções para a taxa Selic ao fim de 2024 manteve-se estável em 10,25% ao ano, mas subiu de 9,18% para 9,25% ao fim de 2025.

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano também subiu, indo de 2,05% para 2,09%.

Enquanto isso, os futuros de ações dos Estados Unidos tiveram pouca variação antes do Fed e da divulgação dos dados de inflação de maio, também previstos para quarta. Analistas e economistas acreditam que as taxas de juros devem continuar inalteradas.

Na Europa, as atenções se voltam para a Alemanha e para a França. O avanço da extrema-direita francesa na votação para os legisladores europeus levou Emmanuel Macron a arriscar uma eleição antecipada para conter a ascensão de sua rival, Marine Le Pen.

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Enquanto isso, o chanceler alemão Olaf Scholz também sofreu perdas relevantes, ainda que os partidos de centro em todo o bloco da União Europeia tenham se mantido em grande parte estáveis.

- Com informações de Bloomberg News.

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Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.