Ibovespa opera em alta e dólar cai apesar de inflação acima do esperado

Economistas ouvidos pela Bloomberg previam avanço de 0,42% para o IPCA em maio, versus avanço de 0,46% registrado, o que pode afetar planos do Banco Central sobre os juros

Ibovespa abriu esta terça-feira (11 de junho) em alta
11 de Junho, 2024 | 10:29 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) subia nesta terça-feira (11), que teve a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, que veio acima do esperado pelo mercado.

Às 13h27, no horário de Brasília, o principal índice dos mercados brasileiros tinha alta de 0,49%, aos 121.348 pontos.

No mesmo horário, o dólar subia 0,15%, aos R$ 5,36.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA teve aceleração para 0,46% em maio, após ter avançado 0,38% em abril. No ano, o IPCA passou a acumular alta de 2,27%; e, nos últimos 12 meses, de 3,93%. Até abril, a taxa em 12 meses estava em 3,69%.

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Economistas ouvidos pela Bloomberg previam avanço de 0,42% para o indicador na comparação mensal e de 3,88% na anual.

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Os números podem complicar ainda mais os planos de cortes de juros pelo Banco Central, além dos problemas fiscais recentes que geram pressão inflacionária, segundo economistas.

Na Europa, a demanda de investidores por ativos de refúgio aumentou à medida que a inquietação com a agitação políticase intensificou. Os títulos do Tesouro dos EUA, por sua vez, subiram antes dos dados de inflação - o CPI de maio - e da decisão da taxa de juros do Federal Reserve nesta quarta-feira.

O índice Stoxx 600 caía mais de 1% no meio da tarde no horário europeu, estendendo as perdas pelo terceiro dia consecutivo. Os futuros de ações dos EUA caíram, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos recuaram quatro pontos base. O euro se enfraqueceu, registrando o segundo pior desempenho entre as principais moedas contra um dólar mais forte.

Os maiores movimentos, no entanto, ocorreram nos mercados franceses. O rendimento dos títulos de 10 anos subiu até 10 pontos base, chegando a 3,32%, colocando-os a caminho do maior aumento de dois dias desde os primeiros meses da pandemia. O movimento ampliou o spread sobre os títulos equivalentes alemães para o nível mais alto desde outubro, com base no fechamento.

A dívida italiana, considerada uma das mais arriscadas da zona do euro, também foi arrastada para a queda, com os spreads sobre os bunds alemães saltando para 150 pontos base.

- Com informações da Bloomberg News.

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.