Hartnett, do BofA, diz que mercado de ações se aproxima de sinal de venda

Análise do banco mostra que cerca de 71% dos índices de ações são negociados acima das médias móveis de 50 e 200 dias; nível acima de 88% indicaria o sinal de venda, segundo ele

A recuperação dos mercados acionários globais corre o risco de superaquecimento, segundo o BofA
Por Sagarika Jaisinghani
24 de Maio, 2024 | 01:36 PM

Bloomberg — A recuperação dos mercados de ações globais corre o risco de superaquecimento, segundo o estrategista do Bank of America (BAC), Michael Hartnett.

A chamada regra de amplitude global do banco mostra que cerca de 71% dos índices de ações estão sendo negociados acima de suas médias móveis de 50 e 200 dias. Uma leitura acima de 88% acionaria um sinal contrário de venda, escreveu Hartnett em uma nota.

O estrategista adotou um tom mais neutro em relação às ações este ano. Ele estava amplamente pessimista em 2023, mesmo com a alta de 24% do S&P 500.

Depois de recuar em abril, o MSCI All-Country World Index atingiu recordes novamente este mês, devido ao otimismo de que o Federal Reserve (Fed) poderia começar a cortar as taxas de juros ainda este ano.

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Cerca de 68% dos componentes do índice são negociados acima de sua média móvel de 200 dias, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, à medida que a recuperação se estende para além dos gigantes da tecnologia dos Estados Unidos.

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Mas o índice recuou esta semana, já que dados econômicos robustos alimentam novas dúvidas sobre as perspectivas de flexibilização monetária. O índice de referência global está a caminho de seu primeiro declínio semanal em cinco.

Os estrategistas do Barclays disseram que a recuperação estava começando a dar sinais de cansaço. O posicionamento esticado e as tendências sazonais podem manter as ações em baixa com o fim da temporada de lucros corporativos, escreveram eles em um relatório.

Enquanto isso, a nota do Bank of America, citando dados da EPFR Global, mostrou que todas as principais classes de ativos registraram entradas na semana até 22 de maio. Os fundos de ações globais tiveram acréscimos de US$ 10,5 bilhões, enquanto US$ 12,5 bilhões foram para fundos de títulos.

--Com a ajuda de Michael Msika.

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