Bloomberg — O presidente da regional de Chicago do Federal Reserve, Austan Goolsbee, reiterou que a função do banco central americano não é reagir a um mês de dados de trabalho mais fracos. E acrescentou que os mercados são muito mais voláteis do que as ações do Fed.
Números piores do que o previsto do relatório de empregos dos EUA divulgados na sexta-feira (2) aumentaram as preocupações com a recessão e ajudaram a impulsionar uma queda das ações globais.
Goolsbee disse que há alguns sinais de cautela sobre a economia - como o aumento da inadimplência dos consumidores -, mas que o crescimento dos EUA continua em um “nível bastante estável”.
“Como os números do emprego estão mais fracos do que o esperado, mas ainda não parecem indicar uma recessão, acho que é preciso ter uma visão prospectiva do rumo que a economia está tomando para tomar decisões”, disse Goolsbee à emissora CNBC nesta segunda-feira (5).
"Se ultrapassarmos o normal, estaremos em uma situação diferente e, em minha opinião, precisaremos reagir com mais firmeza", disse ele.
Goolsbee enfatizou que a margem de erro - de 100.000 vagas - para os números da folha de pagamento mensal, o payroll, exige cautela para evitar grandes conclusões.
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Os formuladores de política monetária mantiveram a taxa de juros inalterada no patamar mais alto em duas décadas após a reunião da semana passada, indicando que querem ver mais evidências de que a inflação está arrefecendo antes de realizar cortes.
Mas o presidente Jerome Powell disse que poderia ser apropriado fazer uma redução na reunião de setembro do banco central.
O último relatório de empregos, que mostrou um volume mais baixo de contratações e um aumento na taxa de desemprego para 4,3% no mês passado, levou alguns economistas e analistas a argumentar - de forma retrospectiva - que o banco central deveria ter cortado as taxas na reunião de julho.
"O trabalho do Fed é muito simples: maximizar o emprego, estabilizar os preços e manter a estabilidade financeira", disse Goolsbee. "Portanto, se as condições começarem a aparecer coletivamente e, na linha de frente, houver uma deterioração em qualquer uma dessas partes, nós vamos corrigi-las."
Vários economistas - incluindo os do Citigroup., JPMorgan Chasee Wells Fargo - agora esperam cortes de meio ponto nas taxas nas reuniões de setembro e novembro.
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