Futuros em NY operam estáveis ante dados econômicos e taxa de juros dos EUA

Investidores aguardam dados de preços e consumo nos EUA para calibrar apostas sobre o tamanho do corte de juros do Fed em setembro

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Bloomberg — Os futuros das ações dos EUA operavam perto da estabilidade nesta manhã de quinta-feira (18), antes da divulgação dos preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que possam indicar a intensidade dos cortes de juros pelo Fed.

Os futuros do S&P 500 operavam próximos da estabilidade após o índice de referência registrar o segundo fechamento recorde consecutivo.

Os Treasuries prolongaram os ganhos recentes, com o rendimento dos papéis de 10 anos caindo dois pontos-base, para 4,22%.

Enquanto isso, os dados de vendas no varejo, previstos para sexta-feira, trarão sinais sobre a saúde do consumidor americano, em meio a indícios de perda de fôlego no mercado de trabalho.

Os operadores já precificam totalmente um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de setembro do Fed, com parte das apostas se inclinando para um corte maior após os dados benignos de inflação divulgados nesta semana.

“Estamos otimistas com o mercado, e isso tem sido respaldado pelos dados e pelos resultados corporativos, mas certamente não estamos buscando aumentar nossa exposição nesses níveis”, disse Rory McPherson, diretor de investimentos da Magnus Financial Discretionary Management.

“Más notícias são boas notícias no que diz respeito às vendas no varejo. Mas um corte de 50 pontos-base pareceria exagerado.”

No mercado cambial, o iene avançou 0,6% — o maior ganho em quase duas semanas — após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmar que espera que o Japão eleve os juros para conter a inflação. Segundo ele, o Banco do Japão está atrasado no enfrentamento das pressões de preços e deve subir as taxas.

A libra esterlina subiu levemente depois que a economia do Reino Unido apresentou desempenho melhor que o esperado no segundo trimestre, elevando o obstáculo para novos cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.

“É provável que as esperanças de uma recuperação acentuada sejam frustradas”, disse George Brown, economista sênior da Schroders.

“O mercado de trabalho enfraqueceu, e as restrições de capacidade significam que até um crescimento modesto está gerando pressões inflacionárias. Com isso em mente, esperamos que o Banco da Inglaterra mantenha as taxas inalteradas pelo restante do ano.”

Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (14 de agosto):

- Lenovo sob impacto das tarifas. A empresa teve lucro 108% maior no trimestre, para US$ 505 milhões, enquanto a receita cresceu 22% com vendas antecipadas. As ações caíram 5,4% em Hong Kong devido às perdas crescentes na divisão de nuvem e ante a expectativa de impacto das tarifas dos EUA.

- Café e cacau impulsionam Olam. A gigante de alimentos registrou lucro líquido de US$ 253 milhões milhões no 1º semestre, forte alta frente aos US$ 37,5 milhões de um ano antes, com impulso dos preços voláteis de cacau e café. As vendas subiram 50%, para US$ 15,3 bilhões, mas as ações seguem próximas das mínimas históricas.

- A estratégia da Paramount. O novo CEO da companhia, David Ellison, disse que planeja ampliar a produção do estúdio para até 20 filmes por ano enquanto fortalece o streaming. A reestruturação inclui novos executivos e foco na revitalização do estúdio de cinema, que não computa lucros desde 2022.

🔘 As bolsas ontem (13/08): Dow Jones Industrials (+1,04%), S&P 500 (+0,32%), Nasdaq Composite (+0,14%), Stoxx 600 (+0,54%), Ibovespa (-0,89%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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