Bloomberg — Os futuros dos EUA operam em alta nesta quinta-feira (1º de maio), impulsionados por resultados melhores que o esperado de empresas de tecnologia.
Os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançaram pelo menos 1%, com as ações da Microsoft e da Meta Platforms disparando nas negociações iniciais após a divulgação de balanços considerados positivos.
Os resultados da Apple serão divulgados após o fechamento do mercado. Analistas estarão atentos a qualquer indicação de como a companhia — cuja cadeia de suprimentos depende fortemente de China, Vietnã e Índia — enxerga o impacto das tarifas.
As gigantes de tecnologia estão alimentando o otimismo dos investidores de que os acordos entre os EUA e seus parceiros comerciais possam limitar os danos da guerra comercial promovida pelo presidente Donald Trump.
Wall Street encerrou um mês turbulento em um dia em que o S&P 500 apagou uma queda intradiária de mais de 2% para fechar em alta de 0,2%. Operadores buscaram alívio em apostas de que o Federal Reserve poderá afrouxar a política monetária após a contração da economia americana, o que seria a primeira desde 2022.
“Até agora, estamos vendo as grandes empresas de tecnologia entregarem bons resultados, o que é tranquilizador, e é essa confiança que está sustentando os futuros de ações”, disse Georgios Leontaris, diretor de investimentos para EMEA no HSBC.
“O outro ponto importante além dos lucros é, obviamente, o debate em andamento sobre se já vimos o pico do barulho tarifário ou não.”
A Casa Branca afirmou que está perto de anunciar a primeira rodada de acordos comerciais com parceiros para reduzir as tarifas planejadas.
A maioria dos mercados na Europa e em boa parte da Ásia permanece fechada devido a feriados.
O índice FTSE 100 do Reino Unido operava estável, após 13 dias consecutivos de alta - a sequência mais longa desde 2017.
O índice do dólar subiu, enquanto os rendimentos dos Treasuries caíram em toda a curva.
O iene recuou após o Banco do Japão manter sua taxa básica em 0,5%, adiar a expectativa de alcançar a meta de inflação e revisar para baixo suas projeções de crescimento.
No mercado de commodities, o petróleo caiu após o maior recuo mensal desde 2021, com preocupações de que a aliança liderada pela Arábia Saudita na Opep+ possa iniciar um período prolongado de maior oferta, somando-se ao temor de que a guerra comercial prejudique a demanda.
O ouro caiu pelo terceiro dia consecutivo diante de sinais de progresso nas negociações comerciais entre os EUA e outros países, o que reduziu a busca por ativos de proteção, mesmo com o surgimento de sinais de desaceleração nas maiores economias globais.
EUA e Ucrânia chegaram a um acordo sobre o acesso aos recursos naturais do país, oferecendo algum alívio às autoridades em Kyiv, que temiam um possível recuo de Trump no apoio às negociações de paz com a Rússia.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (01 de maio):
- Microsoft supera previsões. A companhia reportou receita de US$ 70,1 bilhões no terceiro trimestre fiscal, alta de 13% no período. O lucro ajustado foi de US$ 3,46 por ação, acima das estimativas dos analistas. A divisão de computação em nuvem registrou um crescimento de 33% na receita trimestral.
- Hershey’s mantém projeções. A empresa reiterou que espera um crescimento de 2% nas vendas e uma queda de cerca de 35% no lucro ajustado no ano. No entanto, o impacto das tarifas impostas pelos EUA sobre importações foi considerado apenas para o segundo trimestre.
- Tesla de olho na demanda. A montadora americana vendeu apenas 863 veículos novos na França em abril, recuo de 59% em relação ao ano passado, segundo a associação industrial francesa Plateforme Automobile. As ações subiam 0,3% em Nova York, mas acumulam queda de 30% no ano.
🔘 As bolsas ontem (30/04): Dow Jones Industrials (+0,35%), S&P 500 (+0,15%), Nasdaq Composite (-0,09%), Stoxx 600 (+0,46%), Ibovespa (-0,02%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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