Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em leve alta nesta sexta-feira (22), antes do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole.
Os contratos do S&P 500 subiram 0,1% após o índice de referência dos EUA cair por cinco sessões consecutivas. Os futuros do Nasdaq 100 tiveram pouca variação.
As ações europeias avançaram 0,2%, aproximando-se de uma máxima histórica. Os Treasuries dos EUA permaneceram estáveis após as perdas de quinta-feira, com a taxa de 10 anos em 4,33%.
Uma onda de ‘vendas’ em grandes empresas de tecnologia interrompeu a sequência recorde das ações americanas, enquanto investidores aguardam o novo esboço de política do Fed e avaliam se o banco central permanecerá cauteloso em relação à inflação ou se dará mais apoio a um mercado de trabalho em desaceleração.
Os contratos de swap reduziram drasticamente as apostas em uma flexibilização agressiva no curto prazo, precificando agora cerca de 70% de chance de um corte no próximo mês e menos de duas reduções neste ano. Há pouco mais de uma semana, os mercados apostavam em uma redução de 0,25 ponto percentual em setembro, e alguns operadores até consideravam um corte de 0,5 ponto.
As apostas ganham peso diante da pressão do governo Trump por cortes de juros e das crescentes divisões dentro do comitê de política monetária do Fed. Para manter suas opções em aberto, Powell pode enfatizar que a decisão de setembro dependerá dos dados de emprego e inflação, que serão divulgados no início do próximo mês.
A expectativa é de que Powell discurse às 10h, no horário de Nova York.
“Se o Fed não cortar em setembro, os mercados vão cair porque esperam alguma ação. Se cortar demais, os mercados podem interpretar como sinal de que o Fed está perdendo sua independência, o que pode gerar inflação muito mais alta”, disse Joachim Klement, estrategista da Panmure Liberum.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de sexta-feira (22 de agosto):
- Sob o efeito do ouro. A Gold Fields mais que dobrou o lucro no 1º semestre, para US$ 1,03 bilhão, com o impulso da alta recorde do ouro e aumento de quase 25% na produção. A mineradora já investiu US$ 4 bilhões em ativos no Canadá e na Austrália e busca prolongar a vida útil da mina de Gana, responsável por 20% da produção.
- Disputa no mercado cloud. A Meta fechou um acordo de cerca de US$ 10 bilhões com o Google Cloud por seis anos, para garantir acesso rápido a servidores. O contrato é o primeiro de grande porte entre as empresas e posiciona o Google como provedor estratégico, atrás apenas de AWS e Azure no mercado de nuvem.
- Dejà vu no agro. Produtores de milho e soja nos EUA revivem cenário de 2019, com Donald Trump na Casa Branca, guerra comercial com a China e preços em queda. Com colheitas recordes previstas, cresce a apreensão pela falta de compras chinesas, tradicionalmente o maior destino da soja americana.
🔘 As bolsas ontem (21/08): Dow Jones Industrials (-0,34%), S&P 500 (-0,40%), Nasdaq Composite (-0,34%), Stoxx 600 (-0,01%), Ibovespa (-0,12%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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