Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 8 de novembro

Investidores aguardam dados sobre inflação no Brasil e reagem ao corte de juros nos EUA na véspera; novo pacote chinês não causou impactos significativos nos mercados globais até o momento

Morgan Stanley sigue escéptico sobre las acciones de Brasil a pesar del repunte económico
08 de Novembro, 2024 | 08:53 AM

Bloomberg Línea — Investidores nesta sexta-feira (8) esperam a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro no Brasil, ao mesmo tempo em que reagem ao corte de juros nos Estados Unidos e ao novo programa da China que destinará 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) em financiamento para tentar conter a crise da dívida dos governos locais - no mercado, no entanto, a reação foi negativa.

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Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (8):

1. IPCA

A inflação ao consumidor no Brasil para outubro deve ter ficado acima do teto da meta em 12 meses, influenciada pela seca que afetou especialmente os preços de alimentos e eletricidade.

A previsão é a de uma alta de 0,54% em relação ao mês anterior e 4,74% em relação ao ano passado, segundo o consenso de analistas consultados pela Bloomberg.

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A Bloomberg Economics prevê alta de 0,50% no mês versus setembro e de 4,70% em 12 meses.

A falta de chuvas elevou a dependência de energia térmica, o que aumenta o preço de eletricidade e, por consequência, os custos de habitação.

Em contraste, os custos de transporte devem ter caído devido à redução nos preços de passagens aéreas e do etanol.

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2. Juros nos EUA

O Federal Reserve reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na quinta-feira (7).

A medida deu sequência à redução de 0,50 ponto percentual anunciada em setembro, a primeira em mais de quatro anos.

O corte foi alinhado ao esperado pela maior parte dos economistas do mercado financeiro. Os próprios diretores projetam mais um corte de 0,25 ponto neste ano, em dezembro, e mais 1 ponto de reduções em 2025, de acordo com a estimativa mediana divulgada em setembro no “dot plot”.

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O movimento ocorre no momento em que a inflação continua em uma tendência de desaceleração e o mercado de trabalho perde força.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (7), o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) considera que os riscos para o cumprimento de suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados. Não houve menção explícita a riscos inflacionários no próximo governo de Donald Trump com sua política de aplicação de tarifas comerciais e redução de impostos.

O documento apontou também que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido.

“Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho se amenizaram em geral, e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa. A inflação avançou em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas ainda está ligeiramente elevada”, disse.

3. Mercados

Os futuros de ações dos EUA ficaram estáveis, com o S&P 500 a caminho de sua melhor semana em um ano, após a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA ter desencadeado uma onda de busca por ativos de risco. Os títulos do Tesouro dos EUA avançaram, recuperando grande parte das perdas pós-eleição.

O entusiasmo com a possibilidade de cortes de impostos e desregulamentação sob Trump, que podem impulsionar o crescimento e os lucros, impulsionou o índice de referência dos EUA para a marca de 6.000 pontos.

Os títulos encontraram algum alívio após o Federal Reserve realizar um corte de um quarto de ponto percentual na taxa de juros e deixar aberta a possibilidade de mais flexibilizações no próximo mês.

Na China, as ações e o yuan caíram depois que as autoridades de Pequim anunciaram um programa total de 10 trilhões de yuan (US$ 1,4 trilhão) para refinanciar a dívida dos governos locais, sinalizando que os investidores não ficaram impressionados com a última tentativa de apoiar a economia.

Os movimentos de sexta-feira seguem um rali de vários ativos na quinta-feira, impulsionado pelos comentários de Powell, que destacou a força da economia dos EUA e afirmou que não descarta um corte de juros em dezembro. Powell acrescentou que a eleição não terá efeito na política monetária no curto prazo e disse que não renunciaria mesmo se isso fosse solicitado por Trump.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Onda de roubos assusta vizinhos e frequentadores do Parque do Ibirapuera: ‘Pesadelo’; veja vídeos

Folha de São Paulo: Mídia nos EUA enfrenta queda de influência e se prepara para ataques de Trump

Valor Econômico: Mercado espera Selic mais alta após eleição de Trump

O Globo: Partido de Bolsonaro se fortalece no Congresso após acordos com Hugo Motta e Alcolumbre

5. Agenda

Brasil:

  • 9:00 - IPCA em 12 meses
  • 9:00 - IPCA em outubro
  • 16:30 - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC (BRL)

Estados Unidos:

  • 12:00 - Expectativas de Inflação de Michigan
  • 12:00 - Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan - Leitura Final
  • 12:00 - Índice Michigan de Percepção do Consumidor
  • 12:00 - Nível de Estoques do Varejo excluindo Automóveis
  • 13:00 - Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC
  • 16:30 - Petróleo - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC
  • 16:30 - Ouro - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC
  • 16:30 - Nasdaq 100 - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC
  • 16:30 - S&P 500 - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC

Japão:

  • 16:30 - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC

Zona do Euro:

  • 16:30 - Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC

China:

  • 22:30 - CPI mensal em outubro
  • 22:30 - CPI anual.

-- Com informações da Bloomberg News.