Cinco coisas que você precisa saber para começar esta segunda-feira

Investidores reagem nesta segunda-feira (1º) aos dados do PCE, divulgados na sexta passada, à espera de sinais sobre juros nos EUA

Federal Reserve
01 de Abril, 2024 | 08:34 AM

Bloomberg Línea — Em um dia mais esvaziado de índices econômicos, os investidores começam o mês de abril reagindo aos dados divulgados na semana passada, como o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

Na China, a atividade industrial superou as expectativas em março e aumentou o otimismo de que o país pode atingir sua ambiciosa meta de crescimento de cerca de 5% este ano.

No cenário corporativo, as montadoras de veículos da China estão se mobilizando para aproveitar o aumento recente nos preços da Tesla (TSLA) e se defender contra a entrada disruptiva no mercado da Xiaomi, oferecendo incentivos como subsídios para atrair potenciais compradores.

Confira a seguir cinco destaques desta segunda-feira (1º):

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1. PCE e juros nos EUA

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, repetiu na sexta-feira (29) que o banco central dos EUA não está com pressa para reduzir as taxas de juros, enquanto os formuladores de políticas monetárias aguardam mais evidências de que a inflação está contida.

Os dados recentes de inflação estão “bastante em linha com as nossas expectativas”, disse ele. Powell afirmou, contudo, que não será apropriado reduzir as taxas até que os funcionários estejam certos de que a inflação está a caminho de 2%, a taxa que eles consideram adequada para uma economia saudável.

O índice de preços das despesas de consumo pessoal esfriou no mês passado após um aumento ainda maior do que o anteriormente relatado em janeiro, segundo dados do governo divulgados na sexta-feira.

O núcleo do índice, que exclui os custos voláteis de alimentos e energia, subiu 0,3% em fevereiro, após avançar 0,5% no mês anterior, marcando seu maior ganho consecutivo em um ano. A medida está 2,8% acima do ano anterior, ainda acima da meta de 2% do Fed.

2. Otimismo na China

Os mercados ao redor do mundo também estão recebendo um impulso devido a uma melhoria na percepção sobre a China, onde os dados de hoje mostraram que a atividade fabril superou as expectativas em março, aumentando o otimismo sobre a capacidade do país de alcançar seu ambicioso objetivo de crescimento de cerca de 5% este ano.

Isso ocorreu após os dados do governo mostrarem que o PMI manufatureiro de março encerrou uma contração de cinco meses e atingiu seu nível mais alto em um ano.

O índice CSI 300 da China subiu até 1,8% nesta segunda-feira, registrando o maior avanço desde 29 de fevereiro.

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3. Mercados

Os futuros de ações dos Estados Unidos subiram e o ouro disparou para uma alta recorde à medida que os dados da inflação nos EUA da semana passada reforçaram as esperanças de que o Federal Reserve irá cortar as taxas de juros este ano.

Os contratos futuros do S&P 500 subiam 0,4% por volta das 8h30 (horário de Brasília), enquanto os mercados na Europa, Austrália e Hong Kong estavam fechados para o feriado da Páscoa.

Nvidia, Advanced Micro Devices e Microsoft avançavam antes da abertura dos mercados em Nova York, apontando para uma abertura forte nas ações de tecnologia.

4. Manchetes dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Bastidores da sucessão na Vale: veja perfil buscado para novo CEO, nomes especulados e consultorias no páreo

Folha de S. Paulo: Verniz jurídico aproxima trama golpista sob Bolsonaro de golpe militar de 1964

O Globo: Preconceito, privações, pagamento a coiotes: como é a vida dos brasileiros nos EUA

Valor Econômico: Crédito para consumo avança mais e pode alavancar PIB

5. Agenda

Brasil:

10h: PMI Industrial S&P Global

Estados Unidos:

  • 10h45: PMI Industrial
  • 11h: Gastos de Construção
  • 11h: Índice ISM de Emprego no Setor Manufatureiro
  • 11h: PMI Industrial ISM
  • 11h: Preços no Setor Manufatureiro ISM
  • 15h: Atlanta Fed GDPNow

-- Com informações da Bloomberg News

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.