Cinco coisas que você precisa saber para começar esta quarta-feira, 10 de abril

Bloomberg Línea — Esta quarta-feira (10) é repleta de índices importantes, como a inflação no Brasil e nos Estados Unidos, além da publicação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed).

Na China, também será publicado mais tarde o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês).

Ainda nos EUA, os investidores em títulos do Tesouro veem mais espaço para ganhos do que para perdas no curto prazo, pois é esperado que a inflação mostre que o crescimento de preços subjacente na economia está desacelerando.

Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (10):

1. IPCA

A inflação deve ter desacelerado em março com a dissipação da alta sazonal dos preços de educação, segundo analistas consultados pela Bloomberg News.

O núcleo de serviços, no entanto, deve seguir pressionado num momento em que o indicador ganha ainda mais importância com a sinalização do Banco Central de que ficará mais dependente de dados para definir os próximos passos da política monetária.

O IPCA deve ter subido 0,25% no mês passado, de 0,83% em fevereiro, de acordo com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Bloomberg.

Para o Santander, o número será importante para “a precificação de mercado quanto às prováveis quedas à frente” da Selic. O mercado aposta em um corte de 0,50 ponto percentual em maio e uma desaceleração do ritmo para 0,25pp em junho, segundo a curva de juros futuros.

2. Impacto do CPI na bolsa

Os traders de Wall Street estão tentando estimar o impacto dos dados de inflação na bolsa americana nesta quarta, com expectativa de que as ações poderiam variar 2% para cima ou para baixo com um número surpresa.

Os traders tanto do JPMorgan (JPM) quanto do Goldman Sachs (GS) veem as ações caindo cerca de 2% se o índice de preços ao consumidor superar 0,4% em março em uma base mensal. No entanto, ambos os bancos afirmam que veem qualquer impacto no mercado como temporário.

“Este mercado de alta continua independentemente do que aconteça com o CPI”, disseram traders do JPMorgan liderados por Andrew Tyler. Eles apontam para um cenário favorável, no qual a economia e os lucros corporativos estão crescendo e o Federal Reserve está em pausa.

Em termos do cenário mais provável hoje, Tyler, do JPMorgan, espera que o CPI fique entre 0,2% e 0,3% na base mensal, com o S&P 500 adicionando de 0,5% a 1%, uma visão amplamente ecoada pela mesa de negociação do Goldman Sachs.

Se os dados do CPI forem inferiores a 0,2%, as ações dos EUA podem subir de 1,5% a 2%, de acordo com a equipe de estratégias de mercados FICC e futuros de ações do Goldman.

3. Mercados

A espera pelos dados de inflação dos EUA mantém os mercados de lado nesta quarta.

Em Wall Street, embora o índice S&P 500 esteja saindo do seu melhor primeiro trimestre em cinco anos e sendo negociado perto de sua máxima histórica, especialistas relutam em apostar contra mais ganhos.

Na Europa, o índice Stoxx 600 subia, se recuperando das perdas de ontem, após as vendas crescentes na Taiwan Semiconductor Manufacturing impulsionarem as ações de tecnologia.

4. Manchetes dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Vera Rosa: Embate de Elon Musk com Moraes escancara novo capítulo da disputa entre Lira e Pacheco

Folha de S. Paulo: Silveira afaga Prates após conversar com Pacheco, e Lula ainda avalia troca na Petrobras

O Globo: Operação em SP contra empresas de ônibus revela negócios de fachada da maior facção do país

Valor Econômico: Pressão de imposto leva varejo a repassar alta ao consumidor

5. Agenda

Brasil:

• 9h: IPCA

Estados Unidos:

• 9h30: CPI
• 9h45: Discurso de Michelle Bowman, Membro do Fomc
• 11h30: Estoques de Petróleo Bruto e em Cushing
• 14h: Leilão Americano Note a 10 anos
• 15h: Atlanta Fed GDPNow
• 15h: Balanço Orçamentário Federal
• 15h: Atas da Reunião do Fomc

China:

• 22h30: CPI
• 22h30: IPP

-- Com informações da Bloomberg News