Bloomberg — As ações na Europa operam em leve alta nesta terça-feira (19), om sinais de progresso em direção a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia.
Enquanto isso, os contratos do S&P 500 caíram 0,1% após o índice de referência encerrar praticamente estável.
Os papéis da Intel subiram mais de 5% no pré-mercado, em meio a informações de que o governo Trump estaria em negociações para adquirir uma participação de cerca de 10% na empresa.
O dólar teve pouca variação. Os Treasuries permaneceram estáveis após a S&P Global Ratings reafirmar o rating de crédito de longo prazo AA+ dos EUA, com a taxa do título de 10 anos em 4,34%.
Resultados à vista
Investidores voltam a atenção aos balanços de gigantes de consumo dos EUA: a Home Depot divulga resultados nesta terça-feira, seguida por Target e Walmart nos próximos dias.
O Federal Reserve também estará no radar nesta semana, com o presidente Jerome Powell prestes a anunciar um novo arcabouço de política monetária durante o encontro de Jackson Hole, voltado às metas de inflação e emprego do banco central.
Os mercados de juros projetam atualmente que o Fed fará seu primeiro corte de taxa do ano em setembro, diante da fraqueza no mercado de trabalho superando riscos inflacionários, com mais uma redução esperada antes do fim do ano.
“Com grande parte já precificada, as ações podem precisar de um novo catalisador”, disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.
“Agosto a outubro costuma ser um período sazonalmente fraco, e a alta dos rendimentos de longo prazo pode levar investidores a realizar lucros recentes.”
Petróleo em queda
O petróleo recuou em meio às expectativas de fim do conflito na Ucrânia e de um possível aumento futuro na oferta de petróleo bruto da Rússia.
O Brent caiu para perto de US$ 66 o barril, ampliando a queda mensal para quase 9%. O West Texas Intermediate recuou para abaixo de US$ 63.
“Mesmo que os EUA aliviem as restrições, Moscou continuará fortemente dependente de compradores como Índia e China para absorver a maior parte de suas exportações de petróleo bruto”, alertou Ole Hvalbye, analista do SEB AB.
“Qualquer reversão seria provavelmente gradual e desigual.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (19 de agosto):
- Softbank aumenta aposta na Intel. A empresa japonesa adquiriu US$ 2 bilhões em ações da Intel, o que levou a uma alta de 5% dos papéis da Intel no after-market, enquanto as do SoftBank recuaram em Tóquio. O movimento levanta questões sobre possível influência após a reunião entre o CEO da Intel e Trump.
- BHP pressionado. O lucro subjacente da BHP caiu mais de 25% no ano, para US$ 10,2 bilhões, pressionado pela menor demanda chinesa e pela queda nos preços do minério de ferro e do carvão. A mineradora aumentou a meta de dívida líquida e planeja até 10 projetos nos próximos anos.
- Emissão de dívidas. O Citi prevê que empresas brasileiras mantenham emissão de dívida no exterior, enquanto a atividade em ações é limitada pelos juros altos. “É sempre uma tendência dos investidores antecipar emissões internacionais em ano de eleições”, disse o presidente do banco no Brasil, Marcelo Marangon, à Bloomberg News.
🔘 As bolsas ontem (18/08): Dow Jones Industrials (-0,08%), S&P 500 (-0,01%), Nasdaq Composite (+0,03%), Stoxx 600 (+0,08%), Ibovespa (+0,72%)
→ Assine a newsletter matinal Breakfast, uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque em negócios e finanças no Brasil e no mundo.
-- Com informações da Bloomberg News.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Por que a indústria eólica no Brasil enfrenta uma ‘crise dentro da crise’
©2025 Bloomberg L.P.