Ações na Europa sobem à espera de avanços em cúpula EUA-Rússia sobre Ucrânia

Stoxx 600 e futuros em NY avançam antes do encontro entre Trump e Putin, que pode sinalizar início de um diálogo para encerrar a guerra na Ucrânia

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Bloomberg — As ações europeias operam em alta nesta sexta-feira (15), em meio a expectativas de que a cúpula EUA-Rússia possa ser um primeiro passo para intermediar um acordo de paz na Ucrânia.

O índice Stoxx 600 avançou 0,2%, aproximando-se do nível mais alto desde março.

Os futuros do S&P 500 subiram 0,2%, após a alta do índice de referência dos EUA ter perdido força na sessão anterior, já que a aceleração da inflação no atacado nos EUA reduziu as expectativas de cortes agressivos de juros.

Um indicador de ações asiáticas subiu 0,6%. O petróleo Brent manteve-se estável em torno de US$ 66,50 o barril.

Os Treasuries dos EUA avançaram em toda a curva, com o rendimento dos títulos de dois anos — mais sensíveis à política monetária — e caíram dois pontos-base, para 3,72%. O dólar enfraqueceu, enquanto o iene liderou a alta entre a maioria das moedas do G-10.

Embora um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia ainda pareça distante, “esperamos algum progresso na reunião de hoje e o estabelecimento de um caminho para novas discussões”, disse Mohit Kumar, estrategista-chefe para a Europa no Jefferies International.

“Se caminharmos para um acordo de paz, isso seria positivo para os mercados europeus.”

Veja a seguir outros destaques desta manhã de sexta-feira (15 de agosto):

- Maior aposta em tecnologia. Fundos hedge aumentaram a exposição a gigantes de tecnologia no 2º trimestre, com destaque para a Microsoft, cuja participação subiu US$ 12 bilhões, para US$ 47 bilhões, e para compras de Netflix e UnitedHealth. A mudança ocorreu em meio à volatilidade das tarifas de Trump e pela recuperação dos índices S&P 500 e Nasdaq 100.

- Pandora sente impacto das tarifas. A empresa de joias e semijoias reportou vendas de 7,08 bilhões de coroas dinamarquesas no segundo trimestre, abaixo das estimativas ante a demanda fraca na Europa e as tarifas. As ações caíram até 14% nesta manhã, a maior queda em mais de quatro meses. No acumulado do ano, o recuo chega a 30%.

- Lindt revê estratégia. A companhia de chocolates finos avalia transferir para os EUA a produção de seus coelhos de Páscoa e outras figuras de chocolate, hoje feitas na Alemanha, para evitar tarifas de importação de 15% impostas por Trump. O plano, porém, pode custar até US$ 10 milhões.

🔘 As bolsas ontem (14/08): Dow Jones Industrials (-0,02%), S&P 500 (+0,03%), Nasdaq Composite (-0,01%), Stoxx 600 (+0,55%), Ibovespa (-0,24%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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